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Pa: competições, contratação, trabalho inteligente. Regras e novidades

O que prevê o novo regulamento dos concursos públicos? O que muda para o trabalho inteligente? A ministra Brunetta quer um plano de 150.000 mil contratações por ano. Aqui está a notícia para a Administração Pública

Pa: competições, contratação, trabalho inteligente. Regras e novidades

Muitas novidades estão chegando para o Administração pública. Algumas já aprovadas, como as novas regras dos concursos públicos, outras ainda em estudo, como a revisão da legislação sobre smart working. No centro de tudo está a necessidade de rejuvenescer e tornar mais eficiente uma máquina que trabalha cada vez com mais dificuldade. “Para restabelecer um mínimo de rotatividade séria, qualitativa e quantitativa, precisamos de pelo menos 150 contratações por ano“, explicou o ministro da Administração Pública, Renato Brunetta, no dia 12 de abril durante um webinar organizado pela PwC intitulado “As pessoas, o verdadeiro motor do reinício”.

CONCURSOS PÚBLICOS: AS NOVAS REGRAS

As novas regras dos concursos públicos foram introduzidas em decreto-lei de 1 de abril que deverá ser aprovado pelo Parlamento no prazo de 60 dias, sob pena de caducidade com efeitos retroactivos. O texto fornece novos métodos de recrutamento para os 60 concursos que vão desbloquear mais de 118 contratações: 91 nas escolas, 18 no serviço público, 9.800 nas autarquias. 

As regras, explicadas em um vade mecum publicadas pelo Departamento da Função Pública, dizem respeito aos concursos já interditados, aos que serão interditados durante o estado de emergência e aos já em pleno funcionamento. Para todos o total é estabelecido digitalização da prova escrita e a possibilidade de realizar o prova oral por videoconferência

Entre as inovações mais relevantes está a substituição do teste pré-seletivo por cruzamentos com o avaliação de títulos e, eventualmente, experiência profissional específica "cuja posse será necessária para o ingresso nas fases subsequentes". Em pormenor, para os concursos já anunciados, as administrações podem (mas não há obrigação) "prever uma fase de avaliação das habilitações legalmente reconhecidas para efeitos de admissão às provas subsequentes e podem prever uma única prova escrita e eventual oral ”, explica a Ministra Brunetta, enquanto para os concursos que serão interditados na fase emergencial, é acionada a obrigatoriedade de realização da avaliação das habilitações legalmente reconhecidas para efeitos de admissão às provas subsequentes em vez das provas pré-seletivas com cruzes. 

Mudanças que têm gerado bastante polêmica, principalmente entre os mais jovens que temem ser excluídos porque, pela idade, serão superados pelos que conseguiram ganhar mais experiência. Mas Brunetta tranquilizou: “Os títulos de serviço não serão avaliados no início o Experiência profissional… O serviço e a experiência, juntamente com as habilitações literárias, só podem contribuir para a formação da classificação final. Uma faculdade, esta última, na disponibilização de gestões individuais a explicitar nos editais de recrutamento, em função do grau de especialização do perfil a recrutar”.

TRABALHO INTELIGENTE

Mais notícias podem chegar em breve sobre o trabalho inteligente. Aliás, durante o webinar organizado pela PwC, Brunetta antecipou a intenção de abolir cotas de uso para trabalho inteligente no Pa estabelecido pelo Governo anterior. “É o pior que se pode fazer – explicou o ministro porque o uso do smart working deve ser visto na base da eficiência e produtividade para os meus clientes, não adianta dar uma percentagem”.

Brunetta reiterou que a Administração Pública usará o trabalho inteligente “só se melhorar eficiência do trabalho e satisfação do clientecaso contrário, você voltará ao seu local de trabalho”. Regras que constarão dos novos contratos de trabalho. 

“Tive que ver alguns balcões por aí – especificou – com a escrita: 'fechado para trabalho inteligente'. A partir daí comecei a dar a resposta a esta questão. Uma forma complexa de trabalho que reúne estilos de vida, organização do trabalho, produtividade, eficiência, etc. com a satisfação do cliente".

O ACORDO COM OS SINDICATOS

Recordamos que no início de março o Primeiro Ministro, Mario Draghi, e o Ministro da Administração Pública, Renato Brunetta, assinaram com os secretários da CGIL, CISL e UIL o "Pacto pela inovação da obra pública e coesão social". Além de desbloquear e agilizar concursos, o acordo estabelece um novo sistema contratual que se aproxima do privado. Entre as principais novidades do acordo estão a nova classificação do emprego público, com a inclusão de novas competências profissionais e as funções desempenhadas por empregados sem reconhecimento oficial devido ao bloqueio de mais de dez anos; inovação digital e destribuição do salário acessório. Prevê-se ainda o alargamento ao estado das reduções na acumulação de fundos de pensões complementares e a introdução de licenças e outras concessões de apoio parental.

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