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OCDE, 11% dos contratos internacionais vão para subornos: 5,4 bilhões em cinco anos

A OCDE também observa que, em nível de estados individuais, os EUA estão liderando a batalha contra a corrupção com 128 casos concluídos e sancionados.

OCDE, 11% dos contratos internacionais vão para subornos: 5,4 bilhões em cinco anos

De 1999 a 2014, cerca de US$ 5,4 bilhões em todo o mundo foram para subornos, num total de mais de 400 processos de corrupção internacional dos quais apenas 207 com processo judicial já concluído. Esses são os números da OCDE contidos em um relatório apresentado hoje em Paris pelo secretário-geral Anguel Gurria.

De acordo com o relatório, o primeiro sobre o tema que faz um balanço da capacidade dos estados da organização para lidar com o fenômeno, o valor médio da propina é equivalente a 13,8 milhões de dólares, com picos chegando a 149 milhões, com cerca de 10,9 % impacto nas transações e 34,5% nos resultados.

A OCDE observa que, no nível estadual individual, os EUA estão liderando a luta contra a corrupção com 128 casos concluído e sancionado, seguido pela Alemanha, 26 casos, 11 da Coréia, em comparação com 6 casos relatados da ItáliaSuíça e Grã-Bretanha.

É interessante notar que são sobretudo as pessoas singulares, 263 do total de processos, que são acusadas de corrupção contra cerca de 164 processos morais (total 427). Embora sejam principalmente funcionários públicos ou funcionários de empresas que pagam as propinas, em 57% dos casos visam a obtenção de um contrato. “A corrupção prejudica o crescimento e o desenvolvimento – comentou Gurria – e os corruptos devem ser levados à justiça”. A OCDE se concentra, portanto, na duração dos julgamentos, aproximadamente 7,3 anos, mesmo com casos complexos em que alguns países chegaram a 15 anos.

A organização parisiense convida, portanto, os países a alongar os prazos de prescrição e tornar os processos mais eficientes. Em Itália, em particular, o tempo médio para chegar a uma sentença varia entre 6 e 11 anos, em comparação com um prazo de prescrição de 10 anos dentro do qual, na maioria dos casos, não se obtém uma sentença. “Os Estados – adverte a OCDE – devem reforçar o seu arsenal legislativo e as sanções devem ser eficazes e dissuasivas”.

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