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Manchester City de Guardiola, campeão da Europa. Inter entre orgulho e arrependimentos. Inzaghi: "Uma derrota ardente"

Um golo de Rodri aos 68 minutos foi suficiente para o City vencer a cobiçada Liga dos Campeões – Inter desperdiça e azar mas Inzaghi avisa: "Temos potencial para voltar à final"

Manchester City de Guardiola, campeão da Europa. Inter entre orgulho e arrependimentos. Inzaghi: "Uma derrota ardente"

O sonho continua o mesmo. O Inter rende-se ao Manchester City e perde assim uma final muito apertada, na qual com certeza merecia pelo menos um empate. Mas o futebol, como sabemos, não é o boxe onde também se ganha por pontos, mas um desporto onde só contam os golos: e assim, na noite em que os ingleses se descobrem muito mais humanos do que o esperado, um gol do rodri para decidir a partida em Istambul, enquanto os Nerazzurri não têm escolha a não ser comer as mãos por algumas oportunidades desperdiçadas que realmente clamam por vingança. O futebol italiano fecha assim o ciclo de finais com três derrotas em três, um elenco péssimo que, no entanto, está muito próximo de nós: pouco consolo, tudo bem, mas um bom ponto de partida para a próxima temporada, quando será pelo menos um dever tentar novamente.

Manchester City – Inter 1-0, Rodri marca, os Nerazzurri desperdiçam: o sonho termina aqui

A derrota dói, porque se é verdade que o City começou claramente como favorito, também é verdade que a diferença foi bem menos nítida do que o esperado: os números, aliás, não mentem e veem os nerazzurri na frente tanto no total (15 a 7) do que naqueles de gol (5 a 4). Infelizmente para eles, porém, a área da baliza ficou vazia, enquanto os ingleses a encheram com Rodri (68’) numa das pouquíssimas ocasiões que tiveram. A partir daí, a equipe de Inzaghi, já perto da rede com Lautaro após um grande erro de Akanji, minimizou os temores e colocou os de Guardiola sob controle, chegando perto de empatar primeiro com Dimarco e depois com Lukaku. Na primeira situação, pode-se falar em azar, já que o cabeceamento do lateral nerazzurri acertou na trave quando Ederson foi derrotado, mas na segunda, porém, a responsabilidade é inteiramente do atacante belga, infeliz em chutar contra o goleiro perto da porta. O desenhar, ocasiões em mãos, teria sido o resultado mais justo, mas os detalhes, como costuma acontecer na Liga dos Campeões, acabaram por fazer a diferença, entregando ao City uma histórica Tríplice (ou Tríplice, dado o país em questão) e a Guardiola a terceira taça da carreira de treinador, a primeira à frente do os ingleses.

Zhang: "Orgulho do meu Inter, que isso seja um ponto de partida"

"Eu sou mesmo orgulhoso da equipa, dos jogadores, do staff, de todos – palavras do presidente Steven Zhang -. nos foi dado para azarões de todos, mas o jogo mostrou que sabemos jogar ao nível do Manchester City, a quem dou os parabéns. Isso deve ser um ponto de partida para fazer melhor no futuro e construir uma equipe que pode voltar à final da Liga dos Campeões. Temos capacidade para fazer grandes coisas, também a pensar no futuro: o nosso projeto é muito claro e trabalhamos todos os dias para melhorar e crescer”.

Inzaghi: "Derrota cansativa, mas temos potencial para voltar à final"

“Elogiei os rapazes, eles foram ótimos, fizeram uma grande partida – comentário amargo de Inzaghi -. Perdemos uma final que queríamos a todo custo, mas eles devem estar orgulhosos, não troco esses jogadores por ninguém e hoje o mundo inteiro viu porque. Sofremos pouco contra um time muito forte. Há muitos arrependimentos, na primeira parte não sofremos muito mas em termos de movimentos podíamos ter feito melhor, na segunda ao invés criámos muitas situações e nos últimos 20 minutos, com a trave e ressalto do Lukaku, perguntam-se porque é que a bola não 't go in: gostaria de prolongamento, a equipa mereceu. O mundo inteiro viu que o Inter fez um jogo de orgulho, os jogadores estão desanimados e tristes mas isso é futebol, temos que nos orgulhar do caminho que fizemos, com 5 finais em 20 meses. Dói, o percurso na Liga dos Campeões tem sido excecional e tendo disputado uma final como esta, queremos voltar atrás, porque temos possibilidades de o fazer”.

Guardiola: "Esta taça é uma moeda, mas fizemos algo único"

“Estou feliz, no final poderíamos ter empatado e ido para a prorrogação ou até perdido, mas se Foden tivesse feito o 2 a 0 teríamos vencido de uma forma mais confortável – análise de Guardiola -. Essas competições são uma moeda, nas anteriores fomos um desastre quando poderíamos ter vencido e hoje está tudo ótimo quando poderíamos ter perdido. Fico feliz por termos feito algo único como levar esse time aonde ele merece, mas quero parabenizar o Inter, é um time sensacional. Imagino como se sentem porque passámos por isso há dois anos, mas são a segunda equipa mais forte da Europa e isso não é pouca coisa”. Certamente não é, mas só será compreendido e apreciado em alguns dias: agora, de fato, é o momento da decepção, sintomático de quem se apresentou ao encontro com a história apenas tocando nela.

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