O Elysée pretende fechar as usinas nucleares em operação mais antigas da França e substituí-las por reatores EPR de terceira geração. Segundo o jornal Le Monde, que antecipou a notícia, as centrais em causa são aquelas cuja exploração para além dos 40 anos implicaria custos tão elevados que tornariam mais vantajosa a sua substituição.
De fato, a Autoridade de Segurança Nuclear obrigou a operadora Edf a adaptar as usinas aos novos regulamentos introduzidos após a catástrofe nuclear de Fukushima em março de 2011.
O presidente francês, François Hollande, prometeu reduzir pela metade o consumo de eletricidade até 2050 e reduzir a participação da energia nuclear na produção de eletricidade francesa de 75% para 50% até 2025. Hoje, o Ministério de Ecologia e Energia comentou: “O presidente se comprometeu a 50 % de energia nuclear até 2025, mas as formas de atingir esse objetivo permanecem um debate".
Segundo o Nouvel Observateur, no entanto, essa meta de redução será adiada para 2028 "o mais rápido possível", como já havia indicado o jornal Libération. Em troca do fechamento de cerca de vinte reatores, a EDF obteria autorização para a construção de dois ou três novos EPRs, reatores de terceira geração com maiores garantias de segurança interna e externa.