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Não apenas Alemanha e Coréia: super petróleo, tecnologia em queda, euro fraco

Além do voto alemão e das ameaças norte-coreanas, o referendo curdo pela independência pesa nos mercados: petróleo em alta em 26 meses - Kim faz tremer Apple e Facebook - Ouro sobe - Draghi não muda

Não apenas Alemanha e Coréia: super petróleo, tecnologia em queda, euro fraco

Eleições, referendos, ameaças atômicas. A roda da geopolítica volta a girar, um pouco em todas as latitudes, pressionando mercados que bateram recordes com frequência quase monótona nas últimas semanas. Vamos tentar resumir um longo dia.

VOTO NA ALEMÃ: "MÁS NOTÍCIAS PARA A ITÁLIA"

O quadro começou a se mover a partir da Alemanha, onde a votação puniu os partidos da Coalizão Grosse mais do que o esperado. Inicia-se uma longa fase de negociações entre as partes que colocará à prova as capacidades de Angela Merkel: parece destinada a interromper para já a corrida ao euro. Mas, acima de tudo, notou-se que o populismo, já considerado moribundo, está vivo e passa bem. As consequências? A Alemanha não sofre. Por outro lado, o euro está se segurando, negociado esta manhã em 1,1856.

“O resultado da votação – escreve Lucrezia Reichlin – é uma má notícia para a Itália e para a Europa. entre países”.

OS CURDOS LEVANTAM A CABEÇA. ÓLEO NO MAIS ALTO EM 26 MESES

Os referendos pela independência contribuíram para complicar o quadro. No centro das atenções, é claro, a próxima votação (proscrita) da Catalunha.

Mas consequências mais relevantes, pelo menos a curto prazo, prometem ter a consulta que os curdos celebraram apesar da hostilidade do Iraque e da Turquia. Erdogan ameaçou interromper o transporte de petróleo para a fronteira com o Curdistão iraquiano, que realizará um referendo. No entanto, o governo de Kirkuk, que controla 10 por cento dos poços iraquianos, não pretende adiar mais o pedido de independência do Curdistão, legitimado pelo papel que desempenhou na guerra com o Estado Islâmico.

Isso explica a forte alta do petróleo: o Brent subiu esta manhã para 59,15 dólares o barril, a maior cotação desde julho de 2015, o Wti em 52,12 dólares. As empresas petrolíferas também subiram (índice de energia +1,47%) Schlumberger e Halliburton, os dois principais grupos de serviços petrolíferos, ambos subiram 0,5%. Na Piazza Affari Eni +1,16%, para 13,94 euros, na maior alta em três meses. Voe Saipem (+5,3%).

ROCKET MAN AGITA A APPLE E O FACEBOOK

A voz do Rocket Man, ou do ditador coreano Kim, não poderia deixar de ser associada a este refrão. O ministro das Relações Exteriores de Pyongyang, Ri, disse que as últimas declarações de Donald Trump equivalem a uma declaração de guerra e que Pyongyang tem o direito de reagir abatendo também um dos combatentes americanos.

O anúncio detonou a queda de Wall Street, começando com o Nasdaq (-0,88%), afundado pela tecnologia (-1,42%). Facebook entrou em colapso (-4,55%). Microsoft (-1,55%), Alphabet (-1%) e Apple (-0,88%) também são ruins. A Apple reduziu as encomendas aos fornecedores após o lento arranque das vendas do novo iPhone X. O índice Dow Jones (-0,22%) e o índice S&P 500 (-0,24%) estão mais resistentes, à espera do discurso de hoje de Janet Yellen.

O YEN FREIA TÓQUIO. OURO SOBE PARA 1312 DÓLARES

A síndrome coreana também está atrasando as bolsas de valores asiáticas esta manhã. Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,2%, apesar da expectativa de medidas pró-negócios em vista das eleições do final de outubro. A queda mais massiva é a de Hong Kong (-0,5%), também abaixo de Seul e da Austrália. Os mercados chineses subiram ligeiramente. O ouro subiu $ 1.310, 1%, está em $ 1.312 esta manhã.

FREIO MILÃO. DRAGÕES: NOSSA ESTRATÉGIA NÃO MUDA

Viradas do destino: o revés de Angela Merkel atinge os mercados dos países que mais disputaram a chanceler nos últimos anos, a começar pela Grécia. A Bolsa de Atenas perde 4,53% apesar do encerramento do procedimento por défice excessivo. Por outro lado, Frankfurt fechou com um ganho muito leve, +0,02%.

Em Milão, o índice Ftse Mib cai 0,63%, para 22.390 pontos, uma das piores performances do Velho Continente. Paris (-0,27%) e Londres (-0,13%) também caíram. O Madrid fecha a retaguarda (-0,86%), que se depara com a incerteza do referendo catalão no próximo domingo.

A fraqueza do euro caracterizou a sessão, caindo em relação ao dólar a 1,1856. A desaceleração da moeda única é, sem dúvida, uma boa notícia para Mario Draghi, que espera em vão por enquanto pela recuperação da inflação, romance de Godot. “No geral – disse ontem o banqueiro perante a Comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu – estamos cada vez mais confiantes que a inflação acabará por regressar a níveis em linha com o nosso objetivo, mas também sabemos que ainda é necessário um nível de inflação muito significativo acomodação monetária para que a trajetória ascendente da inflação se materialize”.

A PROPAGANDA AUMENTA. HOJE O LEILÃO CTZ

O secundário italiano fechou um pouco mais alto após uma sessão de paridade que viu os Bunds superarem suas contrapartes da zona do euro. No final da sessão, o diferencial de yields entre o BTP e o Bund situou-se em 171 pontos base, o mais elevado desde o final de agosto, face a 166 no final da sessão de sexta-feira. O título de 2,11 anos é negociado a 2,14%, no patamar do último fechamento, após ter atingido XNUMX% na sessão, seu maior patamar desde o final de julho.

Os leilões de final de mês começam hoje: Ctz e Btpei serão ofertados por um total de 3 bilhões. Para encerrar, na plataforma Mts, o Ctz de maio de 2019 em leilão amanhã negociou com um rendimento entre -0,131% e -0,134%, acima dos -0,139% da colocação no final de agosto. No leilão de quinta-feira, dia 28 de setembro, o Tesouro vai oferecer entre 4,5 e 6 mil milhões de euros em BTP a 5 e 10 anos e no Ccteu (1,5 mil milhões).

Segundo a Unicredit, outubro será um mês bastante pesado para os investidores indexados: "Esperamos - lê-se na nota diária - um novo Btp Italia cujo anúncio chegará em breve".

BANCOS FRACOS, STM SOFRE JUNTO COM A NASDAQ

Liderando a queda na Piazza Affari foram os bancos: o índice do setor italiano (-1%) foi pior que o europeu (-0.7%). Entre os títulos individuais, quedas de mais de dois pontos percentuais para Banco Bpm (-2,4%) e Bper (-2,22%). As Bigs também estão em baixa: Intesa -0,5%, Unicredit -1,4%. A exceção é o Banca Mediolanum, que fechou o dia em +0,07%. A pior ação foi a Stmicrolectronics, com queda de 3,9%, em linha com o desempenho do setor de tecnologia na Nasdaq.

A queda em Wall Street pesou também na Fiat Chrysler, que caiu cerca de 2% depois de atingir novos máximos de 15,25 euros na sequência do acórdão da Mediobanca Securities que reviu a meta de 14 para 20 euros. O eco do artigo do 'The Korea Herald' que na sexta-feira retomou a hipótese de um interesse em um casamento entre a Hyundai e o grupo italiano se extinguiu. A Ferrari também está em baixa, -2%.

FINCANTIERI SUPERSTAR: PERTO DA PAZ COM PARIS

Em evidência Fincantieri (+3,5%) em vista da cúpula ítalo-francesa de depois de amanhã, da qual se esperam resultados positivos no dossiê Stx.

RECORDATI NOVO RECORD, BAQUE DE AUTOGRILL

Destaque para Recordati: +1,7%, para novo recorde. Forte queda de Autogrill (-2,8%) após a revisão para "segurar" de "comprar" de Kepler Cheuvreux. De acordo com traders, o relatório rebaixa as estimativas da empresa devido ao impacto do dólar fraco e aponta para mais cautela nas perspectivas de ganhos orgânicos.

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