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Napolitano muito duro com minoria do Pd: "Não há como voltar atrás na reforma do Senado"

Em carta ao "Corriere della Sera", o presidente emérito da República, Giorgio Napolitano, atacando a minoria dem, argumentando que a tela da reforma do Senado agora em terceira leitura não pode ser "desfeita" zerando tudo para voltar ao eleição direta de senadores como gostariam os dissidentes – Não aos “confrontos políticos destrutivos”

Napolitano muito duro com minoria do Pd: "Não há como voltar atrás na reforma do Senado"

A reforma constitucional do Senado ainda pode ser melhorada, mas não cancelada na terceira leitura parlamentar. É um ataque contundente à minoria dem que o Presidente Emérito da República, Giorgio Napolitano, dirige das colunas do "Corriere della Sera" convidando sem muitas palavras a minoria do Partido Democrata a "não desfazer a tela" de a reforma depois de já ter superado o chamado bicameralismo paritário entre Câmara e Senado recebeu o primeiro sim das duas casas do Parlamento.

Como de praxe, Napolitano vai direto ao cerne da questão ao rejeitar o pedido da minoria dem para desmantelar a reforma reintroduzindo a eleição por sufrágio direto e com o método proporcional dos futuros senadores. Um pedido que ontem a presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais do Palazzo Madama, Anna Finocchiaro, já rejeitou merecendo o apreço de Napolitano, apesar das habituais vacilações do presidente do Senado, Grasso que - não esqueçamos - foi indicado para liderar o Senado pelo então secretário do Pd, Pierluigi Bersani, hoje chefe da briguenta e confusa minoria interna do partido.

Se retrocedessemos na eleição direta de senadores, que a reforma de Renzi exclui, todo o próprio castelo da iforma ruiria - argumenta Napolitano - e mais de um ano de trabalho parlamentar seria jogado no lixo, afastando a meta com o tempo e tornando cada vez mais tortuoso o caminho que, mais cedo ou mais tarde, terá de conduzir às futuras eleições políticas.

Depois de ter apontado claramente o ponto decisivo da direta ou não elegibilidade dos senadores, Napolitano vai também ao cerne do ponto político, que é a aversão preconceituosa da minoria dem ao secretário e primeiro-ministro Matteo Renzi, apesar da legitimidade que ele reunidos nas primárias e no congresso do partido. "Não se sobrepõem - conclui severamente o Presidente emérito - um confronto que se mantém nos limites de uma responsabilidade solidária, de oposições políticas destrutivas e de puros artifícios polémicos" como os apoiados pela minoria dem e pela oposição para travar o caminho do a reforma do Senado.

No Palazzo Madama, o embate sobre a reforma está suspenso por enquanto para as férias, mas será reaberto no dia 8 de setembro, quando a minoria dem, liderada por Vannino Chiti e Miguel Gotor, apresentará cerca de vinte emendas e, por sua vez, a proposta da Liga do Norte Calderoli vai somar 510 mil para relançar a eleição direta de senadores e tentar minar a reforma desejada por Renzi.

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