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Exposição de Veneza: o programa dos clássicos

O 71º Festival Internacional de Cinema de Veneza, dirigido por Alberto Barbera e organizado pela Bienal de Veneza, terminará no dia 6 de setembro de 2014 – Entre as seções destacamos "Venezia Classici" uma seleção de filmes clássicos restaurados e documentários sobre cinema.

Exposição de Veneza: o programa dos clássicos
O calendário oferece uma boa seleção de documentários/filmes, incluindo o longa-metragem UMBERTO D. (1952) – VITTORIO DE SICA .
5 de setembro 19:00 – Sala de cassino CLÁSSICOS DE VENEZA Umberto D. (1952) de Vittorio De Sica – Itália, 89′
ov Italiano – s/t Inglês – Carlo Battisti, Maria Pia Casilio, Lina Gennari

O filme narra as dificuldades cotidianas e as pequenas humilhações de Umberto D., ex-funcionário ministerial em Roma, e agora com uma pensão muito pequena: o refeitório, a casa de penhores, a venda de livros, amigos que se retiram, a senhoria que a subloca sala. Só a empregada Maria é afetuosa, e a principal companhia é a do cachorrinho Flaik. Maria, também sozinha, confidencia-lhe que está grávida e que os seus dois amantes recusam qualquer responsabilidade. Febril, Umberto dá entrada no hospital, onde tenta ficar o máximo possível para economizar no aluguel. De volta para casa, ele encontra uma reforma em andamento para o casamento da amante. Ele procura o cachorro e Maria, chorando por ter sido abandonada pelos dois soldados, avisa que Flaik escapou depois que a dona deixou a porta aberta deliberadamente. O homem vai até o canil onde o encontra bem a tempo de evitar sua supressão. Pela cidade, ele tenta mendigar, mas sua dignidade o impede. Determinado a cometer suicídio, com Flaik em seus braços, ele cruza uma passagem de nível quando o trem chega. O cachorro apavorado foge. O trem passa enquanto Umberto corre atrás dele. Os dois se reencontram e os vemos indo embora brincando em uma garagem, enquanto uma multidão de crianças corre em direção à câmera.
 
Comentário do diretor
Zavattini e eu tínhamos dois conceitos diferentes sobre como visualizar, por assim dizer, nosso personagem e torná-lo capaz de expressar ao máximo o drama que ele foi chamado a viver. Zavattini o imaginou bastante humilde e de condição social muito modesta [...]. A mim, por outro lado, parecia adequado colocar Umberto D. em um patamar superior, ou seja, torná-lo um ex-funcionário do Estado no sentido preciso que geralmente se dá a essa palavra. [...] a minha forma de ver prevaleceu e agora Zavattini é o primeiro a ficar feliz com isso. (Vitório De Sica, Diretor e roteirista na frente do personagem, em "Script", janeiro de 1952)


Calendário:

ÖMER LÜTFI AKAD – GELIN (A NOIVA, 1973) Turquia, 87′
Hülya Koçyigit, Kerem Yilmazer, Ali Sen

FRANCESCO BARILLI – POLTRONAS VERMELHAS. PARMA E O CINEMA [DOCUMENTÁRIOS] Itália, 90′

MARCO BELLOCCHIO – A CHINA ESTÁ PRÓXIMA (1967) Itália, 108′

Glauco Mauri, Elda Tattoli, Paolo Graziosi

ROBERT BRESSON – MOUCHETTE (TODA A VIDA EM UMA NOITE, 1967) França, 82′
Nadine Nortier, Jean-Claude Guilbert, Marie Cardinal

JACK CLAYTON – OS INOCENTES (SUSPENSE, 1961) Reino Unido, EUA, 100′
Deborah Kerr, Peter Wyngarde, Megs Jenkins, Michael Redgrave

GEORGIJ DANELJIA – JA SAGAJU PO MOSKVE (WALKING AROUND MOSCOW, 1963) URSS, 78′
Nikita Mikhalkov, Aleksei Loktev, Galina Polskikh

VITTORIO DE SICA – UMBERTO D. (1952) Itália, 89′
Carlo Battisti, Maria Pia Casilio, Lina Gennari

ALLAN DWAN – A MÁSCARA DE FERRO (1929) EUA, 97′
Belle Bennett, Marguerite De La Motte, Dorothy Revier

MARCO FERRERI – O AUDIENTE (1971) Itália, França, 111′
Enzo Jannacci, Claudia Cardinale, Ugo Tognazzi

 
CHINLIN HSIEH – GUANGYIN DE GUSHI – TAIWAN XIN DIANYING (FLORES DE TAIPEI – NOVO CINEMA DE TAIWAN) [DOCUMENTÁRIOS] Taipé Chinês, 110′
Apichatpong Weerasethakul, Olivier Assayas, Marco Müller, Kiyoshi Kurosawa, Hirokazu Kore-eda, Jia Zhangke, Tian Zhuangzhaung, Wang Bing, Ai Weiwei, Hou Hsiao-hsien

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