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Meteoborsa: Machado da S&P sobre bancos americanos assusta bolsas e Europa segue em tensão

Bancos e títulos do governo sempre no olho do furacão, mas Piazza Affari começa com um leve aumento e depois volta negativo – Spread acima de 500 pb – A ação de Monti sobre as pensões pode iniciar o círculo virtuoso da Europa que deve chegar a um acordo dentro de alguns dias – Grandes manobras do BCE-FMI para apoiar bancos e estados em dificuldade – Hoje o Ecofin

Meteoborsa: Machado da S&P sobre bancos americanos assusta bolsas e Europa segue em tensão

S&P'S AX ​​\uXNUMXb\uXNUMXbnas listas de sustos dos bancos americanos
CORTE NAS PENSÕES ITALIANAS CONFORTA A UE

Do canteiro de obras Europa vem o eco da obra em andamento. Os mercados aguardam o resultado de mais uma cimeira, não muito confiantes. Ontem os ministros das finanças decidiram que o fundo de resgate será reforçado, mas ainda não se sabe em quanto. Neste sentido, ganha corpo a decisão de pedir a colaboração do FMI (que poderia receber os fundos do BCE que não pode emprestar a Estados individuais). Entretanto, o Comissário Olli Rehn apresentou o resultado da sua viagem a Roma: 16 páginas intituladas "Endereçar o desafio da elevada dívida/baixo crescimento em Itália", um concentrado de diagnósticos e terapias para Bel Paese. "Sem surpresas" comentou Mario Monti. Enquanto isso, o aperto na previdência está tomando forma: para as pensões de velhice será de 41 a 43 anos, o aumento automático não começará em janeiro.
A BTP VÊ AS ESTRELAS. Missão cumprida, mas a que custo. O Tesouro colocou todos os 7,5 bilhões de BTPs previstos, com uma demanda muito superior à oferta, mas com rendimentos recordes: 7,89% (de 4,93%) para BTPs de três anos; 7,56% (de 6,06% ao final de outubro) para títulos de 7,28 anos e 8% para BTPs de 7,18 anos. No mercado secundário, o dia terminou com o BTP a 490 anos praticamente inalterado (yield em 0,3%) e o spread com o Bund nos 0,3 pontos. A tensão continua nas alturas mas, provavelmente, as Bolsas temiam pior. No final, de fato, o saldo é positivo também graças ao surpreendente crescimento do índice de confiança do consumidor americano. Em Milão, o índice FtseMib subiu 0,4%, Londres também ganhou 0,9%, Paris +XNUMX%, Frankfurt +XNUMX%.
TEMPO INCERTO NAS LISTAS DE PREÇOS. Os contratos futuros de S&P's seguem em trajetória descendente após o rebaixamento dos principais bancos norte-americanos. Os contratos estão sendo negociados 0,5% mais baixos em Tóquio esta manhã. Os mercados asiáticos também caíram: o Nikkei 225 perdeu 0,69%, o Hang Seng de Hong Kong 1,70%. Futuros no Footsie inglês também estão em baixa. É fácil prever que o nervosismo está destinado a contagiar a Europa à espera das notícias da cimeira do Ecofin.
ROUBINI. Mister Doom, como sempre, usa a machadinha. A Itália não vai conseguir, apesar de uma receita muito dura que vai levar da recessão à depressão. Portanto, o Bel Paese deve reestruturar sua dívida, fazendo com que os credores internacionais que possuem 40% da dívida contribuam para os sacrifícios. A alternativa, ou seja, uma estrutura de capital capaz de reduzir a dívida de 120 para 90% do PIB, teria consequências devastadoras para a possível recuperação do país.

BAIXE O RATING DOS BANCOS DOS EUA. NO VOTO DOS CHINESES
“DENTRO DE ALGUNS DIAS” O DEGRADAMENTO DA FRANÇA

A S&P cortou o rating do Bank of America, Goldman Sachs de A para A-. A operação, como parte da revisão dos critérios adotados para 37 grandes bancos internacionais, já afetou Bofa Merrill Lynch, Morgan Stanley e JP Morgan Chase ( de A+ a A). Em vez disso, a nota do Banco da China foi revisada para cima de A- para A; a instituição junta-se assim ao China Construction Bank e ao Industrial & Commercial Bank of China, que se confirma como A, um degrau acima dos grandes de Manhattan. Segundo o Tribune, porém, já começou a contagem regressiva para o rebaixamento do rating da França: dentro de dez dias haverá o rebaixamento, já dado como certo pelos mercados.

IT BOND USA AOS 30 PELA PRIMEIRA VEZ ABAIXO DO BUND
E CDS NA ALEMANHA SUPERAM OS DA ITÁLIA

Pela primeira vez desde março de 2009, o título do Tesouro de 30 anos rende menos do que o título alemão equivalente. É mais um sinal do contágio da crise de confiança na zona euro que atingiu a locomotiva da União Europeia. E ele não é o único. Nos últimos dias, relata o Financial Times, a febre pelos CDS e contra o calote da Alemanha explodiu. Na semana passada, as negociações de CDS com risco na Alemanha excederam as da Itália em volume e estão prestes a ultrapassar as da França também. Pelo contrário, desde ontem a Austrália voltou ao clube triplo A com a mais recente promoção, a de Fitch.

GUBITOSI NOVO GERENTE NA MERRILL LYNCH

Luigi Gubitosi será o novo country manager do Bofa Merrill Lynch para a Itália. O ex-CEO da Wind (ex-diretor financeiro da Fiat) ocupará o lugar de Maurizio Tamagnini, que passou a liderar o fundo estratégico da Cassa Depositi e Prestiti.

EMERGÊNCIA DE DÍVIDA: FUNDAÇÃO MPS DEIXANDO CDP
AS JÓIAS DA FONSAI EM UM VEÍCULO ABERTO A PARCEIROS

A EBA levou mais uma semana para definir o valor dos aumentos de capital exigidos das instituições bancárias. Entretanto, o dossier da Fundação MPS, obrigada a restabelecer as garantias do empréstimo contraído para participar no aumento de capital do banco, é enriquecido com novos capítulos. Após a venda da participação na Intesa e de 1% na Mediobanca, a participação na CDP poderá vir a ser monetizada. Por outro lado, a Cassa Depositi e Prestiti poderia apoiar a Fundação no controle do banco. Entretanto, ganha corpo a hipótese de um veículo para estacionar as participações estratégicas da Fonsai, outra vítima do cerco das dívidas. Na empresa de estacionamento (destinada a acolher novos accionistas) seriam colocadas as participações societárias em: Generali (1,13%), Mediobanca (3,8%), Rcs (5,5%). Pirelli (4,5%), Unicredit (0,33%) e 0,40% em Mps. Ou seja, um pacote de 830 milhões de euros (valores orçamentais de 2010, em grande parte a descontar). Até o final de dezembro será definida a venda dos imóveis por 120 milhões, além da liberação do ágio e outras medidas necessárias para fortalecer os índices de capital do grupo.

Na Piazza Affari, os bancos e as seguradoras movimentaram-se sem ordem particular: Intesa subiu 0,1%, Ubi +0,1%, Banco Popolare +1,4%, Pop Emilia +1,9%. Unicrédito -0,9% e Mediobanca -2,3% caíram. Mesmo entre as seguradoras houve movimentos dispersos: a Generali ganhou 1,3%, a Unipol caiu 3,2%. No grupo Ligresti Fondiaria-Sai perdeu 2,6%, a subsidiária Milano Assicurazioni saltou 8,1% na suposição de uma possível venda. Na gestão de ativos, a Azimut salta +4,3%, pronta para aproveitar o dia do BTP com o lançamento do fundo Stability, dedicado à dívida pública italiana. O conselho de Seat +25%, que deveria ter decidido se pagaria o cupom do título Lighthouse ou entraria em uma fase de inadimplência técnica, foi adiado por alguns dias.

O acordo entre cotistas, credores bancários e obrigacionistas ainda carece da anuência do fundo CVC, um dos cotistas de referência. Quanto ao resto, a tabela de preços experimentou uma sessão nervosa ontem, fechada com movimentos modestos (pelo menos nestes dias). As ações automotivas contribuíram pouco para o aumento: Pirelli +1,5%, Fiat +0,1%. Fiat Industrial recuou -1,7%. Fim de sessão empatado para Finmeccanica e Ansaldo. Os estoques de construção foram positivos. Buzzi +3%, Cementir +4,3%.

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