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Mediobanca: aqui está o ranking das grandes empresas italianas

Receitas, lucros, funcionários, perdas, dívidas - esses são os parâmetros com base nos quais a Mediobanca Research Area elaborou um ranking das principais empresas italianas - Quem ganha e quem perde

Mediobanca: aqui está o ranking das grandes empresas italianas

A Eni é a rainha das receitas, a Enel dos lucros, a Unicredit ganha entre os bancos. Posto italiano? É o principal empregador italiano, enquanto a Generali é a seguradora líder.

Este é o resumo da investigação sobre Principais empresas italianas criadas pela Mediobanca Research Area que analisa as demonstrações financeiras de 3.452 empresas, divididas de acordo com o setor de atuação. Estamos a falar das contas de 2.577 empresas industriais e de serviços, 247 holdings, 27 SIMs, 28 empresas de leasing, 40 empresas de factoring e crédito ao consumo, 422 bancos e 111 seguradoras.

RANKING DAS EMPRESAS ITALIANAS POR RECEITAS

Eni, com um volume de negócios de 75,8 mil milhões de euros, ocupa o degrau mais alto do pódio num ranking dominado pelos grandes grupos públicos petrolíferos. Graças ao aumento do preço do petróleo bruto, em 2018 a petrolífera conseguiu recuperar a liderança após dois anos de supremacia por Enel que cai para o segundo lugar com um volume de negócios de 73,1 mil milhões de euros (+0,6% face a 2017). No entanto, a empresa liderada por Francesco Starace tem algo com que se consolar: continua a maior empresa italiana em termos de capitalização de mercado (69,4 bilhões de euros) e a rainha dos lucros, com 8.568 milhões no biênio 2017-2018. 

No terceiro degrau do pódio encontramos GSE, empresa pública que se dedica à compra e venda de energia elétrica, mas que fatura menos de metade das duas primeiras: 32,3 mil milhões de euros. 

Antes de passar para as demais posições do Top 10, uma consideração deve ser feita: o ranking do Mediobanca não inclui a Exor (assim como a Tenaris e a Stmicroelectronics), já que a empresa mudou sua sede para a Holanda há três anos. Se a holding da família Agnelli tivesse sido incluída, não teria rivais: com um faturamento de 3,7%, para 143,3 bilhões de euros e 272 funcionários, a Exor teria vencido todas as outras empresas. Na classificação há embora FCA Itália, que ocupa o quarto lugar com 27,2 bilhões em receitas. “O seu volume de negócios no mercado italiano cai 5,5% (no mercado externo 4,3%)”, sublinha o Mediobanca.

Na quinta posição encontramos Telecom Itália, cuja receita caiu 3,3%, para 18,7 bilhões, seguida por edição, estável na sexta posição com 12,6 bilhões em receitas. Sétimo lugar para Leonardo (12,2 mil milhões de euros, +4,3% numa base comparável), oitavo por Ferrovias estaduais, que ganha 4 posições em relação ao ano anterior com faturamento de 11,6 bilhões. Não no Saras, que lucra como a Eni com o aumento do preço do petróleo e aumenta o seu volume de negócios em 34,6% para 10,3 mil milhões. Fecha o Top 10 Prysmian com um volume de negócios de 10,1 mil milhões, resultado alcançado “graças à compra e consolidação, em junho, da norte-americana General Cable Corp. (a fusão deu origem a um novo Grupo presente em mais de 50 países, com 112 unidades de produção, 25 centros de P&D e aproximadamente 29.000 funcionários)", explica a empresa.

Top 20 – Fonte: Mediobanca Research Area Survey

Fazendo um balanço, do ponto de vista setorial, nas vinte primeiras posições do ranking encontram-se nove empresas de energia (petróleo e eletricidade), cinco pertencentes ao setor de infraestruturas e serviços, seis à indústria transformadora. Quanto à propriedade em vez oito em cada vinte são empresas públicas, seis sob controle privado italiano, seis de propriedade estrangeira

LUCROS, DÍVIDAS E FUNCIONÁRIOS

Até agora, a análise se concentrou apenas no volume de negócios, mas levando em consideração outros parâmetros igualmente importantes, as posições do ranking mudam.

Comecemos pelo emprego. Poste Italiane é a empresa com maior número de funcionários em Itália, ainda que face a 2017 tenha registado um decréscimo de 2,7%. Em termos absolutos estamos a falar de 134 trabalhadores. Em segundo lugar está a Luxottica. O grupo liderado por Leonardo Del Vecchio emprega 82.358 pessoas e é seguido de perto pelos Benettons que, com sua holding Edizione, empregam 82.100 pessoas. Seguem-se a Enel (50) e a Telecom Italia (69.272), com mais de 57.901 colaboradores.

Os maiores empregadores italianos - Fonte: Mediobanca Study Area

Passemos aos pontos sensíveis: dívidas e prejuízos financeiros. No final de 2018, o recorde negativo é da Enel, com dívidas de 56 bilhões até 9%. Segunda Edição que acumula dívidas de 48 bilhões de euros, um aumento de 155,2% devido à aquisição e consolidação do grupo Abertis. Segue-se a Telecom Italia (29,2 mil milhões de dívidas, um decréscimo de 5,4%), a Eni (25,9 mil milhões de euros, também um aumento de 4,7% face ao ano anterior). 

A maior perda líquida foi registrada pela Wind Tre: 1,4 mil milhões de euros equivalentes a 7,6% do volume de negócios. Segundo FCA Itália com 1,3 bilhão. (4,6% das vendas). "Considerando a soma dos resultados de 2017 e 2018 - continua o estudo" a "Cinderela" das perdas continua a ser Wind Tre com 2.719 milhões, seguida da FCA Itália com 1.931 milhões e Saipem com 800 milhões".

Finalmente os lucros: no biénio 2017-2018 a Enel recupera a primazia que a Eni lhe tirou em termos de receitas: é a empresa que acumulou lucros mais alto com 8,568 bilhões de euros. O cachorro de seis patas segue com 7,5 milhões. Em terceiro lugar, mas bem atrás, está Poste com 2,088 bilhões.

Lucros 2017-2018 - Fonte: Mediobanca Research Area

BANCOS E SEGUROS

Entre as instituições bancárias, a dupla formada por se confirma como inatingível Unicredit e Intesa Sanpaolo, liderando o Top 20 com respectivamente 828 bilhões e 778,6 bilhões de ativos tangíveis totais. Terceiro lugar para Cassa Depositi e Prestiti, com 370 bilhões em ativos, seguido por Banco Bpm. com 159,2 bilhões.

“A qualidade do crédito – observa o Mediobanca – continua sendo uma das questões mais importantes para os bancos italianos. Nos últimos três anos, as instituições tomaram medidas para reduzir os volumes de crédito malparado ativos líquidos em seus balanços, que passaram de 198 bilhões em 2015 para 129 bilhões em 2017 e para 86 bilhões em 2018, diminuindo mais 30% aproximadamente”.

Vamos terminar com seguradoras onde novamente em 2018 foi confirmado o domínio absoluto da Generali com prêmios brutos de 65,2 bilhões, graças à sua estrutura multinacional. Seguido pelo grupo Poste Vita (16,8 bilhões) e Unipol Gruppo (12 bilhões).

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