Londres tem um novo prefeito, o primeiro de origem muçulmana em sua história. Desde ontem à noite é oficial: Khan obteve 56,8% dos votos, contra 43,2% de Goldsmith, enquanto a afluência situou-se em torno dos 46%, a mais elevada localmente nos últimos anos.
No seu breve discurso de aceitação, o novo autarca reafirmou os compromissos do seu programa, desde a habitação aos serviços públicos, prometendo dar oportunidades a “todos os londrinos”. De seguida recordou com orgulho as suas origens, dirigindo um pensamento à memória do pai, motorista de autocarro e pai de oito filhos, e agradecendo à mãe, à mulher, à família e aos que o apoiaram.
“Nunca pensei que me tornaria prefeito de Londres”, admitiu, relembrando sua própria história e o início de sua jornada. Por fim, ele lembrou as "polêmicas" da campanha eleitoral - que envolveram suas próprias raízes muçulmanas - mas apenas para dizer que ficou feliz com o fato de os eleitores terem escolhido a "unidade" no final.
"A esperança venceu o medo, a unidade contra a divisão". acrescentou Khan à margem de sua proclamação oficial. “O medo não nos torna mais seguros, nos torna mais fracos – insistiu o expoente trabalhista – e a política do medo simplesmente não é bem-vinda em nossa cidade”.
Nas eleições de quinta-feira, 45 milhões de cidadãos foram chamados às urnas: além das eleições municipais na Inglaterra, também votaram nas eleições regionais na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. E foi o primeiro teste nas urnas para o líder trabalhista Jeremy Corbyn, depois que ele assumiu as rédeas do primeiro partido de oposição do país em setembro.
Os trabalhistas se saíram mal na Escócia, onde terminaram em terceiro, atrás do independente Partido Nacional Escocês (SNP) e dos conservadores, enquanto se saíram melhor na Inglaterra e permaneceram no governo do País de Gales.
