A manobra orçamental torna-se manobrável e sobe de 30 para 36 mil milhões de euros, dos quais 18 serão de impostos mais baixos. Estamos perante a maior manobra expansionista e os maiores cortes de impostos que se verificaram nos últimos tempos na Europa. Com esta manobra, respeitando os parâmetros europeus, o governo Renzi retira a política de austeridade que levou a Itália e a Europa à recessão.
A redução fiscal, que é o cerne da Lei da Estabilidade, prevê a duplicação da redução do IRAP na sua componente laboral para 6,5 mil milhões de euros e, obviamente, a confirmação da redução mensal de 80 euros no IRS para os menos bem -funcionários desligados. A revisão das despesas ascenderá a 15 mil milhões e concretizará, pelo menos em parte, as sugestões do comissário Cottarelli, que deixará o cargo no final de Outubro para regressar ao Fundo Monetário. Por fim, três bilhões serão arrecadados com um combate mais rígido à sonegação.
A manobra confirma o desagravamento fiscal de três anos para as empresas que contratem a termo e sobretudo a operação de indemnização a partir do segundo semestre de 2015: esta operação, apoiada pelo primeiro-ministro Renzi, foi possível graças ao aval do 'Abi quem vai financiar as empresas que vão ter que adiantar as rescisões aos trabalhadores que quiserem.