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Os últimos param os primeiros da categoria: só iguais para Juve e Roma

DESAFIO DO SCUDETTO - Bianconeri e Giallorossi pararam na ponta da classificação: Juve perde pênalti no último minuto e é bloqueado por Cesena por 2 a 2 enquanto Roma não vence em casa mesmo contra o Parma resignado (0 a 0) - No véspera das Taças dos Campeões Europeus, a distância na classificação entre os campeões italianos e a equipa de Garcia mantém-se em sete pontos.

Os últimos param os primeiros da categoria: só iguais para Juve e Roma

Que Davi pare Golias, no mundo do futebol, já é raro por si só, que aconteça duas vezes no mesmo dia é até único. Ainda no dia 23 de A viu o primeiro da classe empatar contra o último, aliás sem poder recriminar nada. Juventus e Roma também poderiam ter vencido, com certeza, mas Cesena e Parma absolutamente não mereceram, demonstrando de fato que estão muito mais vivos do que dizem os rankings. O mesmo que continua a ver os bianconeri firmes no comando, ainda que sem aquela pausa final que apagaria as últimas chamas amarelas e vermelhas. Já há duas semanas, em Udine, a Senhora não aproveitou o empate do Lupa frente ao Empoli e ontem a história repetiu-se. Comparado ao cinza 0-0 do Friuli, porém, Manuzzi viu espetáculo e gols, para dizer a verdade mais graças a Cesena. 

Aliás, foi a equipe de Di Carlo quem abriu o placar primeiro, aliás depois de já ter desperdiçado duas excelentes oportunidades minutos antes: aos 17 minutos, porém, Djuric aproveitou um erro feio de Pirlo para levar sua equipe a uma sensacional vantagem de 1 a 0. A bofetada acordou os comandados de Allegri, até então irreconhecíveis, e não surpreendentemente, em um quarto de hora, o placar estava completamente invertido. Primeiro Morata de cabeça (27'), depois Marchisio com roubo (33'): um duplo rugido que parecia fechar todos os discursos e não apenas para a partida de Manuzzi. No entanto, o Cesena teve o mérito de tentar durante toda a segunda parte, aproveitando os erros dos dirigentes, traídos por quase todos os homens-chave. Aos 70 minutos, o Brienza encontrou o merecido empate com um remate à entrada, capitalizando uma sensacional e indiscutível superioridade territorial. 

Aos 82 minutos o episódio que certificou a noite alvinegra: mão na bola de Lucchini e pênalti decisivo. Vidal rematou de grande penalidade, o mesmo que, há uns meses, tinha mandado uma bola muito pesada por cima da trave (felizmente que depois se revelou irrelevante) frente ao Olympiacos. Desta vez o chileno conseguiu fazer ainda pior, chutando para fora um goleiro batido e assim certificando a falha na fuga para a vitória. “Foi uma partida ruim, mal jogada tecnicamente – admitiu Allegri. – Que pena, teria sido um passo importante rumo ao Scudetto, mas estes jogos trazem-nos de volta à terra. Cometemos o pecado da presunção”. No geral, porém, o ponto de Cesena está ganho. 

De fato, na parte da tarde a Roma não conseguiu ir além do empate contra o Parma, um triste 0 a 0 em casa que desencadeou a raiva dos torcedores. Precisávamos da vitória a todo custo, mas a tendência amarela e vermelha de 2015 (2 vitórias em 7 jogos) continuou na tendência do sinal x. Um plantel que não concilia bem com a corrida ao título e de facto a equipa de Garcia mantém-se na corrida apenas graças à Juve: se o Napoli não tivesse tropeçado em Palermo então estaríamos a falar sobretudo da luta pelo segundo lugar. “Tínhamos que e podíamos ter ganho, estamos todos desiludidos – palavras do treinador francês. – No primeiro tempo fomos muito lentos, no segundo fomos bem, mas não conseguimos romper a barreira defensiva deles. É verdade, temos muitas ausências mas isso não deve ser um álibi…”. 

Em suma, sem desculpas, apenas desilusão por um golo gritado à porta (lembram-se dos proclamas do campeonato de outubro?) e agora pendurado sobretudo pelo fio da matemática. Involução total, filha de um declínio físico que transformou a bela Roma do início do ano na atual cópia ruim. Em que os gols chegam de ponta a ponta mesmo agora que Gervinho e Doumbia estão de volta da Copa da África. Garcia tentou sacudir a inércia inserindo os dois desde o início, uma escolha infeliz porque os dois (principalmente a nova contratação) mostraram-se fora de forma. No entanto, fica o pesar de não ter concretizado algumas oportunidades, sobretudo o poste acertado por Cole na final, mas nem sempre os episódios podem levar à vitória. Para realmente instalar a Juve, seria necessário um ritmo muito diferente, por isso, matemática à parte, os jogos parecem caminhar para a conclusão. Desde que, deste campeonato feio mas muito equilibrado, não venham outras reviravoltas.

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