A Piazza Affari muda de rumo no início da tarde. Depois de uma tentativa de recuperação tímida no meio do dia, o índice Ftse Eb ficou em terreno ligeiramente negativo (-0,7%). Por outro lado, as outras principais bolsas europeias foram positivas: Frankfurt + 0,5% Paris e Londres + 0,4%.
Bancos pesam em Milão: noivas estão no fim da lista Banco Popolare (-7,8%) e Bank Pop Milão (-5%), seguido por MPs (-3,1%). “Existe um tema de aumento de capital pós-fusão que costuma assustar”, lembra um operador.
Abaixo também os grandes nomes: Unicredit -2,4% e Intesa -1,4%. Menos pesado o passivo do que Ubi (-0,4%).
O petróleo ainda está lutando, preso abaixo de 40 dólares o barril: Wti ligeiramente abaixo de 38.15, Brent ligeiramente acima de 38.77. Mais uma gota pesa Saipem (-4,2%).
Telecom Itália -3,1% após o colapso da fusão entre Orange e Bouygues. Mediaset +1,9%: parece próximo um acordo com a Vivendi.
Todo o setor de mídia italiano se beneficia disso, entre os quais o aumento, sem volumes significativos, de RCS (+1,4%): um jornal no fim de semana escreveu que Gianfelice e Paolo Rocca estariam avaliando um investimento de 200-250 milhões para uma participação majoritária. Um envolvimento em hipotéticas operações de integração entre Corriere della Sera e Il Sole 24 Ore havia sido excluído no passado pelas partes interessadas.
Entre os macrodados do dia está o déficit do PIB italiano, que em 2015 foi igual a 2,6%, um decréscimo de 0,4 pontos percentuais face a 2014. É o que certifica o Istat no relatório de contas públicas divulgado segunda-feira. O instituto estatístico especifica ainda que no quarto trimestre de 2015 a dívida líquida das administrações públicas em relação ao PIB foi igual a 2,2%, diminuindo 0,2% em termos anuais.
A nível continental, boas notícias também de desemprego na zona do euro, que em fevereiro caiu para 10,3%, melhor que o esperado. Na Itália o poder de compra das famílias aumentou em 2015 0,8%.