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Trabalho, o exército europeu dos inativos é de 89 milhões: Itália é o segundo na classificação

DO BLOG ADVISEONLY – O desemprego está diminuindo em quase todos os lugares, é verdade: mas e se disséssemos que a taxa de desemprego não é suficiente para dizer como está o mercado de trabalho europeu? O que o número de inativos nos diz

Trabalho, o exército europeu dos inativos é de 89 milhões: Itália é o segundo na classificação

Situações complexas (quase) nunca podem ser explicadas com um único dado. E os fenômenos sociais ligados ao mercado de trabalho são situações decididamente complexas.

Num erro muito comum entre jornalistas e comentadores, o sucesso da Zona Euro no último ano resume-se muitas vezes à queda da taxa de desemprego que, depois de ter atingido o máximo histórico de 12,1% em março de 2013, regressa lentamente aos valores anteriores -níveis de crise.

TAXA DE DESEMPREGO VS TAXA DE INATIVIDADE

A taxa de desemprego compara o número de desempregados com a força de trabalho, ou seja, com a parcela da população (ocupada ou desempregada) que participa ativamente no mercado de trabalho. Numa economia funcional, uma vez ultrapassada a fase de aprendizagem que coincide com a sua formação (ensino secundário, universitário ou aprendizagem), deverá entrar activamente no mercado de trabalho e com um pouco de sorte deverá conseguir encontrar um emprego online com o seu próprio habilidades.

A verdade, porém, é que a taxa de desemprego por si só não é capaz de nos dar um retrato exaustivo da saúde do mercado de trabalho. Para se ter uma visão geral, é necessário considerar também a taxa de população inativa. Para isso, vem em nosso auxílio o Eurostat, que dados publicados sobre a população inativa, onde a Itália se destaca entre os países europeus com maior percentual de população inativa em relação à população em idade ativa (entre 15 e 64 anos).

Segundo a definição da Organização Internacional do Trabalho OIT, os inativos são todos aqueles que por algum motivo não fazem parte da força de trabalho ativa, seja porque não estão procurando trabalho ou porque não estão em condições de trabalhar. Então:

– Quem está a estudar ou a frequentar um curso de formação;
– Quem é aposentado;
– Aqueles que não podem trabalhar por estarem incapacitados ou gravemente doentes;
– Os que acham que não há emprego para ele (os chamados “desanimados”);
– Quem tem de cuidar dos filhos ou de um adulto “incapaz de trabalhar”.

O EXÉRCITO DOS INATIVOS

Se nos concentrarmos no número absoluto de inativos, existem cerca de 89 milhões de pessoas na Europa com esta condição. Destes 89 milhões, cerca de 35% estão a estudar ou em curso de formação, 15,6% reformados, outros 15,6% inválidos ou gravemente doentes; os restantes 33% repartem-se entre os que cuidam dos afectos familiares (idosos, crianças), os desanimados ou outras causas.

Mais de 85% desses inativos estão concentrados em 6 países europeus, onde a Itália está em segundo lugar com mais de 13 milhões de pessoas. Em particular, a Itália se destaca em duas categorias particulares: a relativa àqueles que dizem que não há trabalho e, portanto, não o procuram (os chamados "desanimados") e na categoria "outros".

Com toda a franqueza, não consegui encontrar uma descrição convincente da outra categoria, mas com base nas definições que encontrei no Eurostat e no Istat, esta categoria deveria incluir aqueles que procuram trabalho, mas não estão imediatamente disponíveis ou aqueles que estão esperando para receber uma resposta do potencial empregador.

“ALGUÉM SALVE OS INATIVOS”

A questão é que na Itália (e na Europa) existe um potencial assustador para uma força de trabalho que a taxa de desemprego não considera e da qual não podemos prescindir, pois a demografia não trabalha a nosso favor. Até agora, a Itália se beneficiou de uma situação econômica global favorável, de um euro baixo, de um banco central que conteve o custo da dívida, mas mais cedo ou mais tarde o vento mudará e não será um vilão, mas temos muito para crescer Muito necessário.

fonte: Aconselhar apenas

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