comparatilhe

Lavazza, o rei do café: "Não estamos interessados ​​na bolsa: já temos muita liquidez em mãos"

Para a Lavazza, assim como para outras campeãs do Made in Italy, a liquidez abundante e a capacidade de gerar muito caixa não tornam necessário estar listado na Bolsa de Valores

Lavazza, o rei do café: "Não estamos interessados ​​na bolsa: já temos muita liquidez em mãos"

La Lavazza, histórica empresa de café piemontesa e um dos ícones do Made in Italy e do capitalismo familiar, não irá para saco. Ela não precisa disso. Afinal, quando uma empresa decide abrir o capital? Ou quando tem de resolver problemas de sucessão dentro da propriedade ou, de forma mais geral, quando procura capital no mercado para financiar um projeto de desenvolvimento. Mas não é o caso da Lavazza, cuja família detém 100% do capital, mas já resolveu em tempo hábil a divisão entre propriedade e gestão e, sobretudo, tem uma invejável capacidade de geração de caixa e liquidez.

POR QUE LAVAZZA, BARILLA, FERRERO E MUITOS OUTROS CAMPEÕES DO MADE IN ITALY NÃO VÃO NA BOLSA?

Os investidores terão que se conformar com isso: não verão as ações da Lavazza na bolsa listadas na Piazza Affari, assim como, pelos mesmos motivos, não verão outros campeões da Made in Italy como Barilla, Ferrero, Armani e assim por diante.

Marco Lavazza, um dos dois vice-presidentes do grupo que comemora 24 anos e patrocina os principais eventos esportivos ingleses, explicou os motivos do desinteresse da Bolsa. Wimbledon ad Echarpe sem esquecer o futebol. E fê-lo fazendo falar os números que, muito mais do que as palavras, esclarecem a situação e as perspectivas da Lavazza, já na sua quarta geração empresarial. Hoje o grupo cafeeiro piemontês tem um faturamento de mais de 2 bilhões de euros, 30 bilhões de xícaras servidas, 100 milhões de lucros, 100 milhões de geração de caixa e 280 milhões de liquidez. Com balanços tão saudáveis ​​e um balanço tão sólido, de que adianta ir para a bolsa? É o que afirma Marco Lavazza ao observar: "Temos uma fila de bancos de investimento para ir à Bolsa e até nos censuram por muita liquidez", mas a força intrínseca do grupo desaconselha ir à Piazza Affari.

EMPRESAS COM LIQUIDEZ ABUNDANTE NÃO PRECISAM DA BOLSA DE VALORES

O caso da Lavazza, que não é muito diferente de outros ícones do Made in Italy, na verdade desmascara alguns clichês sobre a fraca propensão das empresas a abrirem o capital. Nem sempre é a obsessão pelo controle, que existe em alguns casos, que afasta as pequenas e médias empresas da Bolsa. Em outros casos, como este, é a abundante liquidez nos cofres da empresa que torna supérflua a listagem. A listagem poderia certamente dar maior visibilidade a uma empresa, mas quando se trata de grupos já de médio e grande porte, como Lavazza, Barilla ou Ferrero, o problema não se coloca. Se depois somarmos os custos e constrangimentos que a cotação em Bolsa implica, encerra-se a discussão. Mas esta não é uma boa razão para que, sobretudo na nova legislatura, as forças políticas não se questionem e não tomem medidas para simplificar e reduzir os custos e obrigações da cotação em Bolsa. Eles não vão convencer a Lavazza ou a Barilla, mas muitas pequenas empresas provavelmente vão.

Comente