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Ferrari aquece os motores para a Piazza Affari

Abertura negativa das bolsas europeias – O mercado acolheu o início dos trâmites para a listagem da Rossa também na bolsa de Milão e o pagamento antecipado de um título da FCA – Giuseppe Vita compra ações da Unicredit – Tod's: compra da Vivier promovido in extremis – Estreia indigesta para Gambero Rosso.

Ferrari aquece os motores para a Piazza Affari

Arranque fraco das bolsas europeias num dia cheio de indicações macroeconómicas, tanto no Velho Continente como no exterior. Em Milão, o Ftse Mib começou a negociar em queda de 0,40% e o Ftse All Share 0,37%, com vendas envolvendo todos os setores. Em Paris, o Cac40 caiu 0,56%, em Frankfurt o Dax30 caiu 0,33% e em Londres o Ftse100 caiu 0,3%, ainda pressionado pela fraqueza das matérias-primas. O setor de luxo é pesado em Milão, com Tod's (-1,51%) e Moncler (-1,21%) na parte inferior do segmento principal. 

Enquanto isso, a capital da Europa, Bruxelas, permanece em estado de alarme. O Departamento de Estado dos EUA emitiu um alerta aos americanos que pretendem viajar. O Ocidente está se acostumando a viver em regime de mobilização permanente. Nesta conjuntura, mantém-se a lenta marcha ascendente do dólar e paralelamente a descida do euro, que agora caiu para 1,06 com efeitos benéficos para a indústria transformadora, como demonstra o índice PMI, no seu nível mais elevado há quatro anos e meio anos . Aqui, em resumo, está o clima dos mercados financeiros aguardando os movimentos dos bancos centrais. 

Pouco movimento Tóquio (-0,1%), na reabertura após o fim de semana prolongado. Em baixa Hong Kong (-0,7%) e nas bolsas chinesas. Matérias-primas fracas, pior setor (-1,3%) da Bolsa de Sydney. Apenas o petróleo bruto se mantém (+0,1%) após a recuperação de ontem: Brent +1,2% para 65,2 dólares o barril, Wti em 42,2 dólares (+0,7%).

Com o Dia de Ação de Graças (quinta-feira) e a Black Friday, a tradicional data de início das compras de Natal, Wall Street desacelera: Dow Jones -0,17%, D&P 500 -0,12%, Nasdaq com queda de 0,05%. Em evidência Amazon (+1,7%) em máximas históricas. Desde o início do ano, o preço das ações mais do que dobrou. 

PFIZER ALLERGAN, UMA PÍLULA CONTRA O IMPOSTO

Em Wall Street, a pior blue chip é a Pfizer, com queda de 2,6%. A empresa farmacêutica anunciou ontem a aquisição da Allergan, um negócio totalmente em papel no valor de US$ 160 bilhões. Esta é a maior fusão da história das empresas farmacêuticas, mas o mercado esperava que a fusão gerasse economias mais significativas do que o anunciado. As ações da Allergan caíram 3,4%. Na realidade, a operação apresenta fortes vantagens fiscais e não industriais. O gigante do Viagra é aparentemente vendido ao fabricante do Botox com sede na Irlanda: a taxa de imposto cai de 26 para 17-18%, com uma economia de 21 bilhões de dólares. 

EUROPA, URSA À VISTA PARA PARTIDA. ENTÃO VEM O IFO

Mesmo as listas europeias estão prestes a registrar um começo lento. Os futuros sinalizam um início fraco em Londres (-22 pontos para 6.283) e Paris (-24 pontos para 4.865) e Frankfurt (-41 pontos-base para 11.050). A sessão será revivida pelos dados alemães (índice Ifo e PIB do terceiro trimestre) e dados franceses (confiança empresarial). 

SÓ MILÃO EVITA VERMELHO. 5,5 BILHÕES DE BOTS EM OFERTA 6

A Bolsa de Valores de Milão fechou ontem com alta solitária, com o índice FtseMib ganhando 0,7%. As restantes praças europeias registaram variações ligeiramente negativas: a Bolsa de Londres caiu 0,2%, Paris -0,1%, Frankfurt manteve-se inalterada. Todos os índices setoriais Stoxx fecharam em baixa, com exceção de Bancos (+0,3%) e Automotivo (+0,1%). 

Na frente dos títulos, leve alta dos yields do BTP de 1,51 anos, 100%, enquanto o spread se acomoda em 5,5 pontos. O Tesouro italiano vai leiloar 6 bilhões de BOTs de 14 meses. Durante a semana, esperam-se ofertas de obrigações de médio/longo prazo na zona euro no valor de XNUMX mil milhões. Hoje cabe à Finlândia e à Holanda, amanhã a Portugal. O leilão de BTPs italianos será encerrado na sexta-feira. 

BANCOS OK, GIUSEPPE VITA COMPRA AÇÕES DA UNICREDIT

O setor bancário italiano foi sustentado pelo epílogo do conturbado resgate dos quatro bancos comissionados (Banca Marche, Popolare dell'Etruria, Carife e Cassa Chieri) do qual também o Monte Paschi participou de surpresa. A lista milanesa foi liderada pelo Unicredit (+1,4%): a intervenção do banco no Salva Banche prevê empréstimos de 1,33 bilhão. Entretanto, o presidente Giuseppe Vita adquiriu no mercado 200.000 acções no valor de cerca de 1,1 milhões de euros. A compra ocorreu no dia 19 de novembro ao preço de 5,5408 euros por ação. 

O Intesa ganhou 1%: a intervenção do grupo no processo de resolução dos quatro bancos-alvo ascende a 1,7 mil milhões. Monte Paschi sobe ainda mais (+2,2%) que vai contribuir com 160 milhões para o fundo de resolução. Por fim, a Ubi (+1,9%) fará um aporte de 91 milhões. Fortes subidas também do Mediobanca (+2,1%) após o descolamento dos cupões e do Pop.Milano (+2,6%) e Bper (+2,4%).

TENARIS, MELHOR BLUE CHIP, VOA APÓS O CUPOM 

A melhor blue chip do dia foi a Tenaris, com uma valorização de 3,4% que inclui o destaque do dividendo intercalar de 2015, igual a 0,15 dólares por ação (cerca de 0,142 euros), cujo saldo deverá ser pago em maio de 2016 (última ano foi $ 0,30).

O petróleo, em baixa ontem de manhã, recuperou toda a queda com benefícios para a Eni (+1%) e Saipem (+1,2%). O Saras terminou a sessão com um ganho de 3% para 1,9250 euros, apesar da decisão do Barclays de reduzir o preço-alvo para 2,30 euros de 3 euros, confirmando a opinião do Overweight.

FERRARI AQUECE OS MOTORES PARA O GP PIAZZA AFFARI

Entre as ações industriais, destaca-se a Cnh Industrial (+2,7%) que segue recuperando as perdas registradas em meados do mês. A Fiat Chrysler também subiu (+1,53%) que iniciou os procedimentos para listar a Ferrari também na Itália. Os analistas avaliaram positivamente o anúncio de que no dia 21 de dezembro próximo a empresa vai reembolsar antecipadamente uma obrigação com vencimento em 2021 e com um cupão de 8,25%, pelo valor equivalente a 3,08 mil milhões acrescidos de juros corridos e ainda não pagos à data do reembolso.

No setor automotivo, a Brembo também se saiu bem (+1,75%). O ICBPI elevou o preço-alvo da ação para 44,9 de 39 euros. Brilliant Prysmian (+2,8%), que será um dos parceiros da operação da Enel (+0,19%) em banda larga. StM (+0,5%) não se moveu. A Finmeccanica está em baixa (-0,9%).

TOD'S, A COMPRA DA VIVIER PROMOVIDA NA EXTREMIS

No luxo, Moncler (-2,3%) e Ferragamo (-0,63%) estão em baixa: o Banca Imi baixou o preço-alvo de 31,17 para 25,74 euros, confirmando o anúncio de recomendação. Já o Tod's recuperou bem após um início de forte queda (-3%), fechando com alta de 0,5%. A empresa vai comprar de seus acionistas majoritários, os irmãos Diego e Andrea Della Valle, a marca Roger Vivier, da qual detém a licença atualmente. O preço acordado é de 415 milhões de euros. Os irmãos Della Valle comprometeram-se a reinvestir 207,5 milhões na Tod's, mediante a subscrição de um aumento de capital reservado. 

PEQUENO CAP. INDIGERÍVEL ESTRÉIA PARA GAMBERO ROSSO

Entre as ações menores, a Carraro salta 5,56% após o acordo de venda de 55% da alemã O&K Antriebstechnik para a Bonfiglioli. Maire Tecnimont destacou-se com uma subida de 8,6% para 2,4740 euros. É o melhor título da Piazza Affari. O grupo de engenharia anunciou que recebeu o contrato de construção de um projeto de planta petroquímica na Malásia pela Petronas. O valor total do negócio é de US$ 482 milhões.

Estreia indigesta de Gambero Rosso no Aim, que rende 11,25% para 1,42 euros.

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