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O Fed leva Wall Street a uma alta recorde, mas a fraqueza econômica cancela a festa. Milão começa bem

A política expansiva do Fed faz Wall Street disparar e o Dow Jones bate recorde, mas a fragilidade da economia e as incertezas da zona do euro desaconselham comemorações - Milão começa bem esta manhã - O desaparecimento de Chávez e o preço do petróleo - S&P : contas italianas à prova de crise – Destaque para Fiat, Brembo, Luxottica, Generali e os bancos.

O Fed leva Wall Street a uma alta recorde, mas a fraqueza econômica cancela a festa. Milão começa bem

É uma alta histórica para a Bolsa de Valores dos Estados Unidos, o índice Dow Jones sobe 0,9% para 14.253,77 pontos, patamar que nunca havia atingido anteriormente. O índice das blue chips americanas subiu para 14.150 pontos no final do verão de 2007 e, a partir desse pico, em um ano e meio caiu em março de 2009 para um mínimo de 6.554 pontos.

No entanto, como refere o New York Times, não existe clima de festa nem de euforia: "A recuperação - lemos - é surpreendente porque o mercado imobiliário continua fraco, a Europa vive uma fase de grande instabilidade e a batalha fiscal é travada em Washington”. Do outro lado da balança, porém, está a determinação do Fed em apoiar os mercados para impulsionar o emprego: desde o início da crise, os bancos centrais despejaram bons 6 trilhões de dólares nos mercados. Mas os lucros crescentes das corporações também são importantes. Mas estes últimos, como assinala uma investigação do jornal divulgada nos últimos dias, “continuam a cortar custos, a começar pelo pessoal. Ganhos de produtividade servem para aumentar o faturamento e os lucros com menos funcionários. 

O índice Standard & Poor's sobe 1 por cento. O Nasdaq se sai melhor, +1,3% a 3.224,13 pontos, bem abaixo da marca de 5.000 alcançada no ano XNUMX. 

OS ÍNDICES 

O galope de Bull continuou esta manhã nas listas de preços asiáticas: Tóquio +1,90% graças ao reboque da Toyota +1,4% e outros grandes exportadores. Hong Kong também subiu +0,9%. Xangai também em alta +0,3%. O vento vindo do Atlântico favoreceu a recuperação das bolsas europeias, a partir de Milão. A Piazza Affari brilhou ao conseguir a melhor subida entre as listas europeias: +2,8%. Os preços dos títulos do governo melhoraram: o BTP de 10 anos encerrou a sessão com rendimento de 4,71% e spread BTP/Bund em 326, dezoito pontos base a menos que ontem. A Bolsa de Valores de Londres subiu 1,3%, Paris +2%, Frankfurt +2,3%, Madri +2,1%. Na Europa, os setores que apresentaram maior crescimento foram: automóvel (índice Stoxx +3,4%), bancos (+2,2%), seguradoras (+2,5%). 

O euro está inalterado em relação ao dólar em 1,301, a taxa de câmbio com o franco suíço também está estável em 1,227. O desaparecimento de Hugo Chávez não causa choques no preço do petróleo: Brent em 111,91 +0,27%. O impasse político na Itália não tem impacto imediato no rating do país. Esta é a opinião de Moritz Kraemer, chefe europeu de ratings de dívida soberana da Standard & Poor's. “As eleições italianas não têm implicações de rating – explicou Kraemer – nossa visão é que políticas fiscais amplas permanecerão intactas e que o superávit primário que temos na Itália será predominante”. Segundo a agência, portanto, “os resultados das eleições gerais não têm implicações imediatas para os ratings soberanos da Itália (BBB+/Negativo/A-2)”. Segundo a S&P, as "negociações para formar um novo governo vão durar cerca de um mês". 

DENTRO DO LOCAL DE NEGÓCIOS

Grande dia para a Fiat, com alta de 5,8% após o CEO Sergio Marchionne confirmar as metas de 2013 e reafirmar sua vontade de ir 100% da Chrysler. Marchionne, à margem do desfile de Genebra, afirmou que os bancos estão disponíveis para colaborar com o grupo na compra da participação na empresa de Detroit, mas está excluído o recurso a um aumento de capital. Está em curso uma disputa entre a Veba e a Fiat sobre a avaliação da empresa norte-americana, que obviamente seria resolvida se a empresa, após um IPO que Marchionne dá 50% de chance, registrasse um preço oficial em Wall Street.

Finalmente, esgotado para o supercarro Ferrari de um milhão de euros. Os 499 veículos já foram vendidos, disse o presidente Luca Cordero di Montezemolo. A Suzuki, potencial parceira asiática da Fiat, pretende resolver a disputa com a Volkswagen "dentro de um ano". Toshihiro Suzuki, vice-presidente executivo da Suzuki e filho mais velho do presidente Osamu Suzuki, disse isso enquanto falava nos bastidores do Salão do Automóvel de Genebra. Em novembro de 2011, a empresa japonesa lançou uma ação legal contra a Volkswagen no tribunal da Câmara Internacional de Comércio de Londres para forçar o Wolfsburg a vender os 20% que detém na Suzuki. A empresa alemã acusou a Suzuki, que detém 1,5% do capital da VW, de não ter respeitado as cláusulas contratuais decorrentes de um acordo com a Fiat sobre o fornecimento de motores diesel. 

Pirelli +2,7%, Finmeccanica +1,7%, StM +1,2%. Fiat Industrial subiu 4,8%. A Brembo ganhou 8% após a apresentação dos dados de 2012. A Prysmian caiu 0,2% após anunciar um empréstimo conversível de 300 milhões de euros. Entre os bancos milaneses, o Unicredit subiu 3,4%, o Intesa +4,5%, o Montepaschi +2%, o Mediobanca +6,1%. Banco Popolare perdeu 2,7%: ontem à noite o banco veronese anunciou um alerta de lucro alertando que as contas de 2012 serão piores do que as expectativas do mercado. O pop também caiu. Milão -0,8%. No setor de seguros, Generali aumentou 4,4%, Unipol +3%. Na gestão de ativos, a Azimut obteve um salto de 6,5%, Banca Generali +7%. Enel subiu 2,3%, A2A +4,2%, Eni +3%. Salto da Saipem +8,2%, promovido pelo Goldman Sachs para comprar do neutro. A Telecom Italia aumentou 4,2%. A subsidiária Telecom Italia Media caiu 11% depois de chegar a um acordo para a venda da La7 à Cairo Communication, que pelo contrário ganhou 4,4%, novos máximos históricos, finalmente, para a Luxottica +2%.

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