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A queda dos deuses: Atlético de Madrid vence o Barça e chega às semifinais

LIGA DOS CAMPEÕES – Atlético de Madrid do técnico argentino bate o Barcelona por 1 a 0 e aterrissa no Olimpo dos grandes da Europa 40 anos depois da última vez – Barça não chega às semifinais após sete anos consecutivos – Amanhã empate em Nyon: Real Madrid, Chelsea e Bayern de Munique também estão na urna.

A queda dos deuses: Atlético de Madrid vence o Barça e chega às semifinais

A empresa e a queda. Claro que o Bayern passou, livrando-se de um United ordeiro, com mais sofrimento do que o esperado, e abrindo caminho para a terceira semifinal consecutiva da Liga dos Campeões. Mas a notícia de hoje só pode ser a da vitória do Atlético de Madrid sobre o Barcelona.

Um zero a zero em alguns aspectos paradigmático, que traz a única verdadeira novidade proposta este ano pelo futebol internacional para o número muito limitado de grandes da Europa, o único estreante sem xeques atrás para entrar na elite do futebol. E para entrar plenamente: matando o mais velho, num rito de iniciação que nada tem de macabro, mas que representa o ciclo das coisas.

Um futebol simples, aquele Atlético, mas profundamente estudado, quase científico. Um mecanismo oleado, em que o melhor ataque, diga-se, é a defesa, uma rede de malha muito apertada que permite aos colchoneros enjaular todos os adversários, criando sempre superioridade numérica e dando origem a contra-ataques frenéticos.

Foi uma correspondência lógica. Sem fogos de artifício: Atlético produziu o gol de Koke aos 5 minutos e os três traves acertados pelo ex-possuído David Villa, mestre, à revelia Diego Costa, do ataque madrileno. Antes, durante e depois exibiu uma defesa atenta e exuberante, que fez os campeões blaugrana, sobretudo Messi, parecerem um bando de figurantes. Gente que passou por acaso, e que se viu vestindo as camisas dos campeões por mera semelhança física.

A notícia é a queda dos deuses, nunca tão humanos, após sete anos consecutivos na semifinal da Liga dos Campeões (talvez o dado mais significativo sobre o que o Barcelona tem sido no futebol nos últimos anos), e a entrada entre os quatro grandes europeus de Diego Pablo A equipa de Simeone, agora em pleno lançamento, também ele, no Olimpo dos melhores treinadores do mundo. Um retorno, para o Atlético, após 40 anos de ausência. Amanhã, quatro nomes vão encher as urnas em Nyon: o melhor do futebol europeu, e o Atlético de Madrid já não é intruso. Talvez sejam os primos ricos do Real quem mais tem medo do dérbi hoje.

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