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Itália em tensão nos mercados: após a manobra, a bolsa cai e o spread do Btp Bund aumenta

Rendimento dos BTP sobe para 5,14% após o leilão - Queda da confiança na Alemanha e futuros negativos em Wall Street puxam as bolsas de toda a Europa para baixo - O alarme do Banco da Itália sobre os balanços também pesa na Piazza Affari , crescimento e a carga tributária.

O SPREAD ESTÁ DE VOLTA COM O BUND ALEMÃO
E, APÓS O LEILÃO, YIELD DAS BTPs SOBE PARA 5,14%

O spread entre o BTP de 297 anos e o Bund alemão está subindo novamente. O diferencial de rendimento entre os dois títulos salta para 5,14 pontos, enquanto o rendimento do título italiano de dez anos voa para 5,09%, de 6,739% na abertura desta manhã. O desempenho do mercado parece estar em contradição com a absorção de títulos oferecidos em leilão, o primeiro após a intervenção do BCE em favor dos títulos italianos. A demanda (5,5 bilhões) estava de fato em linha com a oferta (intervalo de 8 a 5,22 bilhões). Mas a obrigação a dez anos foi cedida a uma taxa média de 0,55%, menos 3,87 pontos face à última operação semelhante, que no entanto não descontou o paraquedas do BCE. Face a esta nova conjuntura, há que julgar também a quebra de quase um ponto registada pela obrigação a três anos, que registou uma yield de 0,92% (-1 pontos) enquanto os Ccts indexados à Euribor, oferecidos a pouco menos de 4,52 bilhões de euros, teve um retorno de 0,13% (-XNUMX pontos).

LOCAL DE NEGÓCIOS DESLIZA PARA SOLO NEGATIVO
O ÍNDICE DE CONFIANÇA ALEMÃO ESTÁ EM FORTE PARA BAIXO

As principais bolsas europeias deslizam para terreno negativo, em linha com a queda dos futuros em Wall Street (-0,15% no Dow Jones Industrial) e face aos dados que chegam à tarde: preços das casas em junho, 15h16, e confiança do consumidor em agosto, às 5h97,3. Entretanto, o índice de confiança piora na Alemanha, país líder da Comissão da UE. Em agosto, o sentimento económico caiu 4,7 pontos, para 98,3 na zona euro e 27 pontos, para 5,7, na UE5,6. Entre os maiores países onde se registou maior perda de confiança, seguiu-se a Alemanha (-0,7) pela Grã-Bretanha (-0,3). A queda foi contida na Itália, onde o índice perdeu XNUMX pontos, e inalterada na Espanha (-XNUMX).

Em Milão, após um início favorável, o índice Ftse Mib perdeu 0,7% para 15.031 pontos. Fiat Industrial (+1,46%), Atlantia (+1,31%), Fonsai (+0,92%) e Buzzi (+0,91%) mantêm-se em território positivo. O desempenho do setor de luxo também foi bom; Luxottica +0,5%, Tod's +1%, Ferragamo +4,8% enquanto Campari registra um aumento de 0,3%. Enquanto as outras fichas azuis perdem suas tacadas. Em particular, Terna (-2,2%), Stm (-1,56%), Enel (-1,49%) e Fiat (-1,51%) escorregam. Ubi (-1,9%) também pressionada pelos bancos, após a corrida inicial após os dados semestrais. Intesa Sanpaolo (-2,1%), Unicredit (-1%), Bpm (-1,615) e Banco Popolare (-1,4%) também foram fracos. Assim, o dinamismo do setor bancário perde força onde, nas primeiras fases, brilhou o efeito impulsionador da fusão dos dois institutos gregos, Alpha (+17,81%) e Efg Eurobank (-1,34%). Também em destaque estiveram o Piraeus Bank (+12,5%) e o National Bank of Greece (+7,8%), na sequência de hipóteses de novas consolidações no setor.

A reorganização da Edison pode ser objeto de novo adiamento. A decisão será tomada após a reunião entre Henry Proglio, CEO da EDF e o Ministro do Desenvolvimento Econômico Paolo Romani. Mas, enquanto espera nesse sentido, Andrea Viero, gerente geral da Iren, uma das multifuncionais parceiras do Foro Buonaparte, já se pronunciou. “Tenho a impressão – disse – de que veremos uma prorrogação. Li que o Proglio dizia dois meses e, portanto, poderia ser meados de novembro”.

VISCO (BANKITALIA): CRESCIMENTO DO PIB ABAIXO DE 1%
PRESSÃO FISCAL PARA RECORDE DE 44,5%

O crescimento do PIB italiano este ano "pode ​​ser inferior a um ponto percentual" e "ainda mais fraco em 2012". Além disso, “o ajuste das contas, necessário para evitar um cenário muito mais grave, terá inevitavelmente efeitos restritivos sobre a economia”. Foi o que afirmou o vice-gerente geral do Bankitalia Ignazio Visco durante oaudiência no senado. Para o Banco de Itália, também face ao abrandamento do comércio mundial, existe o risco de “uma fase de estagnação que abrandaria também a diminuição do peso da dívida no PIB”. Por isso é necessário que “o reequilíbrio das contas esteja associado a uma política económica que vise relançar as perspetivas de crescimento da nossa economia”. Ou seja, “qualquer alteração na estrutura do orçamento deve ir no sentido de reduzir o peso dos aumentos de receitas, aumentar o papel das medidas estruturais, minimizar os efeitos negativos sobre o produto, limitar a incerteza quanto à implementação de algumas medidas ( como o imposto de delegação e os benefícios sociais e as formas pelas quais a cláusula de salvaguarda relevante será exercida".

O exato oposto, pode-se dizer, do que emerge da manobra acabou de concordar, muito carente em termos de cortes. E assim, diante da manobra apresentada, a carga tributária atingiria patamares recordes nos próximos anos. ”A carga tributária – sublinhou Visco – aumentaria sobretudo em 2012 e 2013 (1,1 e 0,7 pontos, respetivamente); em 2014 atingiria o máximo histórico de 44,5%”. Não somente. O nível “seria ainda mais elevado – acrescentou – se os organismos descentralizados compensassem, ainda que apenas em parte, a redução das transferências estatais com um aumento da tributação a nível local”. O presidente do Tribunal de Contas Luigi Giampaolino, também em audiência no Senado, compartilha da mesma opinião. "Na hipótese mais otimista, o aumento da carga tributária será de 2 pontos percentuais em 2014".

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