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Investir em títulos: 10 erros a evitar

LOMBARD ODIER INVESTMENT MANAGEMENT – A busca obsessiva pelo rendimento persiste: para focar na qualidade e no risco administrado, os investidores devem aplicar o mesmo rigor aos investimentos em títulos que fariam ao decidir se emprestam seu dinheiro, em qualquer esfera.

Investir em títulos: 10 erros a evitar

De acordo com um relatório de Lobard Odier, a maioria dos investidores em produtos de renda fixa segue estratégias que seguem uma abordagem tradicional baseada na capitalização de mercado. Isso os leva a emprestar mais dinheiro aos emissores com a maior dívida. Ao se concentrar nos fundamentos dos emissores governamentais e corporativos, os investidores em títulos são encorajados a se considerarem credores e a priorizar a capacidade de pagar dívidas, em vez da capacidade de tomar empréstimos de quantias maiores. Com isso dito, aqui estão dez erros comuns da abordagem tradicional de investimento em renda fixa: 

1. “A BOLHA DA DÍVIDA…” 

A história nos mostra que investir em índices de mercado leva a devedores e setores mais alavancados, muitas vezes com consequências desastrosas. Levante a mão se você pensou que setembro de 2008, com o colapso do Lehman, foi um bom momento para ter 56% de sua carteira de títulos corporativos comprometidos com o setor financeiro. À medida que uma indústria se torna menos saudável, ela emite mais dívidas e os índices de mercado possuem mais dessa dívida. À medida que as condições melhoram, os investidores desinvestem. Esta não é uma fórmula de investimento vencedora.

2. “O ANO DAS OVELHAS”

Hoje, mais do que nunca, o dinheiro é investido em locais menos numerosos e mais concentrados. Os índices de dívida baseados na capitalização de mercado encorajam essa tendência. Não se prenda a essa lógica.

3. “O QUE SEU GERENTE DE BANCO FARIA?”

O formulário de solicitação de empréstimo hipotecário faz muitas perguntas. Os investidores de renda fixa devem aplicar o mesmo rigor em todo o portfólio. Ao confiar em índices de capitalização de mercado e emprestar para quem tomou mais empréstimos, a maioria dos investidores não aplica a lógica básica que seu gerente de banco segue ao decidir se deve emprestar. 

4. “TAMANHO NÃO IMPORTA”

Maior não é necessariamente melhor quando se trata de títulos. Episódios recentes de aversão ao risco mostraram que mesmo os maiores credores são sensíveis à iliquidez. Em tempos como estes, a diversificação orientada para a qualidade pode servir como uma barreira. 

5. "UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA AJUDA A VIVER MAIS"

Os investidores em títulos têm apostado nos rendimentos por muitos anos. O pico acentuado do açúcar de altos rendimentos, dívida periférica e capital bancário não pode sustentar os rendimentos indefinidamente. Melhor focar em parâmetros mais equilibrados para medir o crédito corporativo, em vez de olhar para quem emite mais papel: cinco porções de frutas e legumes por dia melhor do que um banquete excessivo.

6. “PENSAR NOS MERCADOS EMERGENTES SEM A CHINA E A ÍNDIA É COMO LAVAR SEM ÁGUA E SABÃO

Por que os investidores tradicionais não estão investindo em duas das maiores economias de mercados emergentes? Tanto a China quanto a Índia são tradicionalmente excluídas dos principais índices, alegando que são de difícil acesso para os investidores. Mas isso não torna suas economias menos importantes. 

7. "O PREÇO É CERTO"

A flexibilização quantitativa inflou os preços da dívida para a maioria dos mutuários, nem sempre os melhores. Isso aumenta a perda potencial em caso de inadimplência e a capitalização de mercado não discrimina. Melhor seguir um índice que leve em conta os fundamentos de um devedor, e não apenas o preço. 

8. “A MAIÚSCULA ESTÁ CORRETA?"

As capitalizações do emissor ignoram os direcionadores fundamentais que determinam a capacidade e a disposição de pagar de um devedor. Um investidor pode contar com uma gestão ativa em uma classe de ativos ilíquidos para resolver o problema? Acreditamos que não. 

9. “OUVIR AS SIRENES”

Na mitologia grega, o herói Odisseu consegue se salvar do canto da sereia amarrando-se ao mastro de seu navio. Pode não haver corda suficiente para todos os investidores fazerem o mesmo quando a próxima bolha estourar. Melhor, portanto, apostar em uma diversificação baseada na qualidade, baixa concentração e fatores fundamentais.

10. “SENSO COMUM?”

Você daria mais dinheiro a bancos e seguradoras só porque eles precisam de mais dinheiro emprestado? Terminando assim com um portfólio completamente desalinhado com o mundo real? Ou você prefere dar mais dinheiro a empresas, como varejistas, que podem não precisar do seu dinheiro, mas têm maior probabilidade de pagar de volta.

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