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Inps: boom de vouchers (+40%), saldo de trabalho +516.000

As contratações diminuíram 10,5% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2015, mas o saldo contratações-desligamentos ainda é positivo.

Inps: boom de vouchers (+40%), saldo de trabalho +516.000

No primeiro semestre de 2016, no setor privado, registou-se um saldo entre admissões e desligamentos de +516.000 mil, inferior ao do período homólogo de 2015 (+628.000 mil), mas superior ao registado nos primeiros seis meses de 2014 (+423.000). Estes são os números do Observatório da Precariedade publicados hoje pelo INPS. O saldo anualizado (ou seja, a diferença entre admissões e rescisões nos últimos doze meses) em junho de 2016 é positivo (+505.000 mil). Para contratos sem termo, o saldo anualizado em junho de 2016 é de +582.000.

A DINÂMICA DOS FLUXOS

Ao todo, registaram-se 2016 mil admissões, novamente referentes apenas a entidades patronais privadas, no período janeiro-junho de 2.572.000, com uma redução de 302.000 mil unidades face ao período homólogo de 2015 (-10,5%). Esta desaceleração envolveu apenas os contratos permanentes: -326.000 mil, igual a -33,4% face ao primeiro semestre de 2015.

A diminuição é atribuível ao forte aumento das contratações permanentes registadas em 2015, ano em que estas contratações puderam beneficiar da redução total das contribuições para a segurança social pagas pela entidade patronal durante um período de três anos (bónus que este ano é reduzido para metade). O fluxo de alterações de contratos por tempo indeterminado também diminuiu (-37%).

Nos contratos a termo, no primeiro semestre de 2016 registaram-se 1.808.000 mil novas contratações, em linha com 2015 (+0,6%) e acima de 2014 (+2,7%).

Foram 113.000 mil pessoas contratadas com contrato de aprendizagem e registraram aumento em relação a 2015 (+14,4%). Em relação ao mesmo período de 2015, os desligamentos em geral diminuíram 8,5%. Este efeito é observado com maior intensidade em relação aos contratos por tempo indeterminado.

Com a Lei da Estabilidade de 2016, foi introduzida uma nova forma de incentivo que visa a contratação sem termo e a transformação de contratos a termo de trabalhadores que, nos últimos seis meses, não tenham tido contrato de trabalho sem termo. A extensão do benefício prevê a redução das contribuições previdenciárias pagas pelo empregador (excluindo prêmios do INAIL) em 40% (dentro do limite anual de 3.250 euros) por dois anos a partir da data de contratação.

No primeiro semestre de 2016, registaram-se 197.000 mil novas contratações com dois anos de isenção de contribuições e 55.000 mil conversões de contratos a termo que beneficiam do mesmo incentivo, num total de 252.000 mil contratos de trabalho subsidiado. As relações de trabalho subsidiadas representam 31,5% do total de contratações/transformações permanentes. Em 2015, a incidência de contratações e transformações subsidiadas (com redução total das contribuições patronais por três anos), sobre o total de contratações/transformações permanentes, foi igual a 60,8%.

AS RETRIBUÇÕES INICIAIS DOS NOVOS RELATÓRIOS DE TRABALHO

No que se refere à composição das novas relações de trabalho com base nas remunerações mensais, registou-se no primeiro semestre de 2016 uma redução da parcela das remunerações inferior a 1.750€ para as contratações permanentes face ao que se observou no período homólogo de 2015. de a tendência também registrada em relação à atualização do Observatório nos meses anteriores.

COMPROVANTE

No período de janeiro a junho de 2016, foram vendidos 69,9 milhões vale destinam-se ao pagamento de serviços de trabalhos acessórios, com valor nominal de 10 euros, apresentando um acréscimo, face ao primeiro semestre de 2015, igual a + 40,1%. No primeiro semestre de 2015, o crescimento na utilização de vouchers, em relação a 2014, foi igual a 74,7%.

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