comparatilhe

Ilo (ONU): Itália falta 1,7 milhão de empregos para voltar aos níveis pré-crise

O relatório da OIT sublinha que "o desafio da procura de emprego é particularmente difícil para os jovens dos 15 aos 24 anos: a taxa de desemprego nesta faixa etária aumentou 15 pontos percentuais e atingiu os 35,2% na quarta metade do 2012”.

Ilo (ONU): Itália falta 1,7 milhão de empregos para voltar aos níveis pré-crise

“A Itália precisa de cerca de 1,7 milhão de novos empregos para trazer a taxa de emprego de volta aos níveis pré-crise”. É o que afirma a Organização Internacional do Trabalho (órgão da ONU especializado em questões trabalhistas) no "Relatório sobre o mundo do trabalho 2013", que faz um balanço da evolução do emprego no mundo em relação ao período anterior à crise. 

A Itália está incluída na categoria de países onde o desemprego continua a aumentar (estava em 6,1% em 2007) e onde a desigualdade de renda aumentou devido à recessão, marcando de fato "um dos aumentos mais brutais" na União Europeia entre 2012 e 2013. Não só isso. O relatório sublinha que “o desafio da procura de emprego é particularmente difícil para os jovens dos 15 aos 24 anos: a taxa de desemprego nesta faixa etária aumentou 15 pontos percentuais e atingiu os 35,2% no quarto semestre de 2012”. 

Segundo dados divulgados na semana passada, porém, a taxa de jovens desempregados saltou para 41,9%. O relatório também destaca a disseminação do trabalho precário (contratos involuntários a termo ou meio período): desde 2007, o número de trabalhadores precários aumentou 5,7 pontos percentuais e atingiu 32% dos empregados em 2012.

De acordo com a OIT, a porcentagem de contratos a termo de todos os contratos precários provavelmente aumentou após a reforma de Fornero. Para reavivar o mercado de trabalho italiano, o relatório sugere apostar mais nos investimentos e na inovação (incentivando-os com reduções fiscais) do que na austeridade e na redução do custo unitário do trabalho, aprova com reservas o revezamento "intergeracional" (mas os jovens não devem deixar o emprego para os adultos, sublinha a OIT) e sugere encontrar outras formas de relançar o emprego juvenil.

Comente