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O corte surpresa de Draghi nas taxas do BCE galvaniza os mercados de ações: Milão sobe 3,2%

A surpreendente subida das taxas, reduzidas em um quarto de ponto pelo novo presidente do BCE, desloca toda a gente e relança as Bolsas de Valores: as cotações europeias sobem vertiginosamente, também atenuadas pelo brilho de Atenas – Os bancos da Piazza Affari estão recuperando (exceto Bpm ), explorações de Tenaris (+14%), Fiat, Pirelli, Finmeccanica e Stm estão em execução, Eni, Enel e Telecom também estão indo bem

O corte surpresa de Draghi nas taxas do BCE galvaniza os mercados de ações: Milão sobe 3,2%

DRAGHI LIGUE A RECUPERAÇÃO DAS BOLSAS
MILÃO +3,4%, O SPREAD ESTÁ ESTREITO

Alguns falcões terão torcido o nariz. Mario Draghi, porém, marcou de imediato sua passagem pelo BCE com um gesto corajoso, sensato e que certamente agradou ao mercado financeiro. Com efeito, o BCE cortou a taxa de referência do euro em 25 pontos base, elevando-a para 1,25%, provocando uma reação imediata das bolsas europeias, já à mercê dos altos e baixos das notícias que chegavam da Grécia. Milão sobe, o índice Ftse-Mib ganha 3,29% para 15.775. Frankfurt e Paris também tiveram um bom desempenho +2,3%, Madrid +2%. Londres +0,7%. Wall Street também subiu, ainda que fraccionadamente, após a decisão da Fed de manter as taxas de juro inalteradas: o índice Dow Jones subiu 0,4%, o S&P subiu 0,2%, o Nasdaq manteve-se inalterado. Os pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram para 379, ante 402 na semana anterior e contra as expectativas de 400. Os dados preliminares da produtividade não agrícola de outubro também se saíram bem, subindo 3,1%, ligeiramente acima das estimativas de +2% e recuperando fortemente ante a queda de 0,7% no trimestre anterior. Em sentido inverso, em outubro o índice ISM de serviços caiu para 52,9, situando-se em patamar inferior às expectativas dos economistas, que apontavam para 53,5.

O euro se recuperou das mínimas desta manhã e agora se iguala ao fechamento da noite passada em 1,374 em relação ao dólar. O petróleo subiu 0,5%, para 93 dólares o barril. Por último, as atenções vão para o G20, em curso em Cannes, e para a evolução da crise da dívida na zona euro, enquanto na Grécia o risco de referendo, ou a perspetiva de incumprimento desordenado, com fortes efeitos sobre toda a estabilidade do a moeda única está recuando. Some-se a isso a reação eufórica das bolsas de valores à notícia de que o Banco da Inglaterra (Boe) se distanciou das novas exigências de capital. Enquanto isso, os Grandes tomaram nota da mensagem de Silvio Berlusconi que garantiu que, usando a arma da confiança, em 10-15 dias serão determinadas e definidas todas as medidas contidas no decreto de estabilidade e na maxi-emenda. O abrandamento do horizonte ateniense, onde os expoentes da maioria e da oposição repetem que a Grécia permanecerá no euro e não há alternativa à ajuda da UE, também é bom para os nossos BTPs: o rendimento cai para 6,12% (-6 pontos base) e o spread com o Bund diminuiu para 424 pontos base.

BANCOS EM RECUPERAÇÃO (EXCETO BPM)
TENARIS +14% SURPREENDE AS TABELAS DE PREÇOS

Na Piazza Affari, os bancos levantaram a cabeça após o grande medo: Unicredit +4,58%, Ubi +5,22%, Intesa +3,68%, MontePaschi +2,4%, Banco Popolare +2%. Em grande poeira, o Bper sobe 7,4%. As seguradoras também foram positivas: Generali +1,68%, Fondiaria-Sai +4,45%. A exceção negativa, como sempre, é o BPM -2,3% cujas ações, a 0,3900, estão perigosamente próximas do preço de oferta dos títulos recém-emitidos (0,30). Excepcional corrida da Tenaris que voa atrás de resultados acima do esperado: a ação marca alta de 14%. Eni sobe 2,68% após notícias positivas sobre o reinício antecipado da produção na Líbia. StM avança 7,30%. Grande sprint também para a Fiat +5,5% que havia aberto o dia com queda de 2,4%; Fiat Industrial +6,5%, Pirelli +3,5%. A Finmeccanica corre para cima +9% que recupera a queda de ontem. A subsidiária Ansaldo sobe 1% Enel +3,8%, Telecom Italia +2.08%.

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