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Petróleo lastreia Bolsas, bancos e Tim empurram Milão

Piazza Affari ganha 0,6% e é a melhor tabela de preços do dia: Unicredit, Telecom e Banca Generali motoristas da sessão – Perdas pesadas de estoques de petróleo e Unipol – O spread em 307 – VÍDEO.

Petróleo lastreia Bolsas, bancos e Tim empurram Milão

O petróleo afunda e arrasta consigo os estoques de energia, mas as telecomunicações e os bancos sustentam a Piazza Affari, que fecha em 0,6%,18.715 pontos, superando as outras praças europeias. Frankfurt +0,46%; Paris +0,18%; Madri +0,12%; Londres -0,06%. Wall Street está pouco movimentada, em sessão de semi-feriado (fechará às 19h, hora italiana), após o Dia de Ação de Graças. O Dow Jones viaja em vermelho, enquanto o Nasdaq flutua em torno da paridade. A involuntária Black Friday do petróleo pesa sobre as ações, deixando para trás um longo rastro de dinheiro pela sétima semana consecutiva: Brent $ 59,07 o barril, -5,64%; Wti 51,23 dólares o barril, -4,88%. O mercado talvez esteja precificando o risco de a Arábia Saudita ceder à pressão dos Estados Unidos revertendo os cortes de produção na reunião da Opep em 6 de dezembro.

Em segundo plano as tensões comerciais com a China também permanecem, aguardando o encontro entre os dois presidentes, na próxima semana, à margem do G20 argentino. Enquanto isso, Washington estaria pressionando os países aliados, incluindo a Itália, para impedir que operadoras de redes sem fio e provedores de internet usem componentes fabricados pela empresa chinesa Huawei.

O euro enfraquece em relação a outras moedas importantes, devido a novos sinais de desaceleração econômica. A estimativa instantânea do IHS Markit do PMI composto de novembro da zona do euro cai para 52,4 pontos, pior desempenho desde o final de 2014. Os dados finais do PIB alemão do terceiro trimestre também são preocupantes, confirmando a queda cíclica de 0,2% e o crescimento anual de 1,1%. A taxa de câmbio entre a moeda única e o dólar gira em torno de 1,134.

À tarde, até mesmo leves tensões reaparecem nos títulos italianos, na véspera doreunião de manobra entre Conte e Juncker, enquanto o comissário da UE, Pierre Moscovici, estende a mão e garante: "Nossa porta continua aberta". Pela manhã, o diferencial entre o italiano e o alemão de dez anos caiu abaixo do limite de 300 pontos, então reverteu o curso e recuperou 307.10 pontos base, em linha com o fechamento de ontem (+0,2%). A volatilidade continua alta e as incertezas sobre o resultado das negociações entre Roma e Bruxelas, enquanto o Banco da Itália informa que o declínio dos títulos do governo "levou a uma redução no valor da riqueza financeira das famílias" de 2% (pouco menos de 85 bilhões ) nos seis meses até junho.

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A Moody's observa que nesta fase a contribuição dos poupadores italianos será muito importante, mas vendo como acabou a colocação do Btp Italia, a gente se pergunta se eles estão com vontade. A agência de classificação também destaca que as crescentes tensões entre o governo e a UE provavelmente manterão os custos de financiamento altos e aumentarão os riscos para a economia. O Banco de Itália está na mesma sintonia, segundo o qual a forte subida das yields das obrigações do Estado se deve à incerteza quanto à orientação das políticas económicas e pode anular os efeitos positivos da manobra orçamental na economia.

Na Piazza Affari os bancos, ou seja, os mais expostos aos títulos do governo, depois de terem sustentado a tabela de preços durante quase toda a sessão, acabam por ceder a coroa de rainha à Telecom +3,12%. Em todo o caso Unicredit, +2,01%, está entre as melhores ações, enquanto o Banco Bpm (-0,57%) fechou com uma queda fracionária após os ganhos das últimas sessões. Gestão de ativos ainda brilha com Banca Generali +2,26%. Moncler +2,28% e Buzzi +2,03% são apreciados. Vendas de estoques de petróleo continuam, Saipem -2,53%; Eni -1,93%; Tenaris -1,69%. Unipol ainda em queda de -0,83%. Redução fracionária Snam -0,49%. O título mais negociado em número de ações é o Tiscali, que, fora da cesta principal, fechou com queda de 20,99% após a apresentação das contas.

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