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O novo teste de estresse dos bancos americanos, desenhado pelo Fed, afunda as bolsas

por Ugo Bertone – A Reserva Federal está prestes a lançar novos testes de stress a 35 bancos – A possibilidade tem causado estragos nos mercados financeiros – Em Paris, o agravante dos receios de perda do triplo A – Milão (-1,3%) contém as perdas - Entre os piores desempenhos Bpm, destinado a viver dias difíceis até a assembleia de acionistas (25 de junho)

O novo teste de estresse dos bancos americanos, desenhado pelo Fed, afunda as bolsas

Fim de semana em nome do urso. O que desencadeou a volta das vendas para Wall Street, com repercussão imediata nas listas do Velho Continente, foram as novidades que chegaram da Ásia. Em primeiro lugar, os dados do superávit da balança comercial chinesa, menos efervescente do que o esperado (mesmo que o saldo, de 13,1 bilhões, ainda seja 19% superior ao de doze meses atrás). Ainda mais a surpreendente alta de um quarto de ponto na taxa de referência da Coreia do Sul. Além dos efeitos macroeconômicos, Wall Street teme que a queda do índice de Xangai, onde as ações do tipo B perderam 2,7% após uma queda de 7,9% na quinta-feira sessão, pode ter um eco imediato nas ações chinesas cotadas na Bolsa americana onde, segundo analistas, existem empresas de solidez duvidosa.

Por fim, uma notícia divulgada pela CNBC piorou os ânimos: o Federal Reserve pretende lançar uma nova rodada de testes de estresse para 35 bancos americanos. Uma notícia que talvez explique, em retrospecto, o mau humor de Jamie Dimon em relação a Ben Bernanke.

FRANÇA, TRIPLO AA EM RISCO

O MEDO VOLTA A MADRID

Na Europa, as preocupações com a desaceleração da locomotiva chinesa (confirmada pela queda nas importações de carneiros) somaram-se às habituais preocupações com a crise grega. Pela manhã, o Parlamento de Berlim havia de fato aprovado o aval para novas ajudas a Atenas, mas o próprio ministro das Finanças, Wolfgang Schauble, havia respondido remotamente a Jean-Claude Trichet, reiterando que, segundo Berlim, "os riscos e no caso da Grécia deve ser dividida entre Estados e investidores privados". Enquanto isso, o alerta da S&P sobre as finanças públicas francesas pesou sobre o ânimo da zona do euro: na ausência de reformas estruturais, diz uma nota da agência de rating, Paris poderia perder sua classificação triplo A. O alarme, como sempre, produziu reacções imediatas no mercado de dívida soberana: o diferencial de rendimento das obrigações a dez anos dos países periféricos alargou-se face ao bund alemão. O título do governo italiano sobe para 182 pontos base, o spread do título espanhol de 250 anos sobe para 1 pontos, o mais alto desde janeiro. Para complicar o quadro para a Espanha, chegaram notícias de Londres: metade do empréstimo de XNUMX bilhão de euros lançado no Euromercado pelo Santander em nome das principais regiões espanholas (Madrid, Catalunha, Valência e assim por diante) foi subscrito apenas metade.
O euro caiu para 1,438 em relação ao dólar, de 1,451 no fechamento da noite anterior. Após três dias de alta, o petróleo inverte o rumo: o futuro do Wti é negociado a 99,13 dólares o barril (-2,7%).

CAMISA PRETA DE PARIS DA EUROPA POR CAUSA DA S&P (E LUXO)

MILÃO CONTÉM PERDAS (-1,33%). BPM À VISTA

O resultado dessas influências negativas produziu um revés em quase todos os lugares. Na Bolsa de Milão, em particular, a queda se acentuou durante a tarde: o Ftse Mib, porém, conteve as perdas para 1,33%. As coisas pioraram em Paris (-1,90%), atingidas pelo alerta da S&P, em Londres (-1,55), um pouco melhor em Frankfurt -1,25. Tanto o Nasdaq quanto o Dow Jones mostram quedas de cerca de 1,3-1,4% no meio da sessão, impulsionados para baixo pelas finanças: Wells Fargo caiu 1,9%, Sun Trusts perdeu 1,7.

A manhã abriu sob auspícios positivos para o setor bancário. A sobreponderação do Credit Suisse no Commerzbank, após o resultado positivo do aumento de capital, contribuiu para um arranque positivo. Uma promoção que, indirectamente, premeia também a Banca Intesa. Em relação ao instituto Ca' de Sass, entre outras coisas, deve-se destacar a compra de ações pelo gerente geral Marco Morelli, que apostou 114.212 euros em seu instituto. Mas à tarde, o setor financeiro também inverteu o rumo na Piazza Affari, onde a marcha descendente começou, como de costume, do Bpm (-3,46%) que entre agora e a reunião de 25 de junho (e, provavelmente, ainda mais além) parece destinado a experimentar dias muito quentes. Ontem a ação (-3,64%, a pior do Mib 40) sofreu tanto novas revelações sobre a crise de liquidez do inverno passado quanto o não dos amigos do Bpm ao aumento de poderes diante da aprovação do aumento de capital de 1,2 bilhão (contra uma capitalização de pouco mais de 700 milhões).

A Fondiaria Sai também inverteu o rumo (-1,19%) após uma manhã de alta. E as ações industriais também corrigiram para baixo, incluindo Fiat e Prysmian, com ponto negativo para Stm (-2,76%), expostas à desaceleração do consumo de algumas grandes empresas de eletroeletrônicos. A atenção em Poltrona Frau também se esvai, depois de uma manhã efervescente. A ação passou de +3,4% para -0,38% em poucas horas, provocando um esfriamento das atenções no setor de luxo. De manhã, de fato, espalhou-se o boato de uma próxima blitz da LVMH na Hermès, que posteriormente foi objeto de desmentido oficial.

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