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O fim de semana de medo que aguarda Chipre assusta os mercados. Esta manhã o Milan começou mal

Os mercados estão nervosos esperando Nicósia apresentar um plano de resgate B até domingo: na segunda-feira o BCE fechará as torneiras de crédito e na terça-feira os bancos reabrirão - Rússia ameaça retaliação contra o euro - Piazza Affari começa mal esta manhã - Ouro em upside – Unipol escorrega apesar do cupom – Scintille Prelios

O fim de semana de medo que aguarda Chipre assusta os mercados. Esta manhã o Milan começou mal

A economia alemã desacelera. O plano B para Chipre está atrasado. A Europa volta a ser o principal problema das finanças, assim como da economia global, capaz de anular o progresso de outras áreas. O efeito Chipre faz-se sentir, aliás, faz-se sentir em todas as latitudes. As bolsas asiáticas fecham sua pior semana desde outubro. Tóquio lidera a queda -1,5%: o novo governador Haruhiko Kuroda decepcionou em seu discurso de posse as expectativas de quem já esperava por novas medidas de estímulo. Outros mercados também caíram, de Hong Kong -0,5% a Seul.

Eles dobram as listas de preços dos EUA. após o aumento de quarta-feira, que empurrou o índice S&P500 de volta para quase todos os tempos. O principal índice de Wall Street perdeu 0,83% ontem. O Dow Jones caiu 0,62%. As vendas atingiram as empresas de alta tecnologia com mais força: o Nasdaq caiu 0,97%, pressionado pelos dados trimestrais da Oracle, queda de 9,7%. Dia negativo para as bolsas europeias, todas em baixa com perdas generalizadas em todos os setores. Na Piazza Affari, o índice FtseMib fechou em baixa de 0,5%, as outras Bolsas tiveram pior desempenho: Londres -0,7%, Paris -1,4%, Frankfurt -0,9%. O euro está sendo negociado atualmente a 1,2891 em relação ao dólar, nas mínimas de ontem. Ouro até 1.615 dólares a onça (+0,5%).

O spread Btp/Bund de 6 anos cai 317 pontos base para 27. Entre Itália e Espanha, o diferencial fecha em torno de 1.000 pontos base. O spread de 4 anos da Grécia voltou a ficar abaixo do limite psicológico de 4,5 pontos-base. Por fim, chegaram boas notícias para a Espanha: o Tesouro entrou no mercado com o objetivo de colocar 2015 bilhões de euros em títulos e colocou 2,275 bilhões com rendimentos diminuindo em relação aos leilões anteriores, especialmente na parte mais curta da curva: 2,54 bom rendimento para XNUMX % de XNUMX%.

CHIPRE, OUTRO FIM DE SEMANA ASSUSTADOR

As notas positivas do mercado de trabalho americano (pedidos de novos subsídios de desemprego abaixo do esperado) não foram suficientes para compensar os receios de abrandamento da economia alemã: os índices ISM na Alemanha sinalizaram um abrandamento inesperado da atividade: o índice da indústria caiu para 48,9 em março, de 50,5 no mês anterior, enquanto economistas estimam 50,3. O setor de serviços também está em declínio.

Mas o verdadeiro espinho permanece, uma semana após o acordo de Bruxelas, o caso de Chipre. Os tempos estão a esgotar-se: os bancos reabrem na terça-feira, mas o BCE fecha as torneiras de desembolso do crédito na véspera. Até domingo será necessário finalizar um plano B. Trabalha-se na criação de um fundo no qual os principais ativos da ilha (incluindo jazidas de gás natural) serão fundidos com investimentos da Rússia e do clero ortodoxo. Moscou, enfurecida com o diktat da UE sobre as contas correntes de Chipre (principalmente depósitos russos), entretanto deixou claro que poderia converter suas reservas em euros. 

DENTRO DO LOCAL DE NEGÓCIOS 

Na Bolsa, os setores mais afetados pelas vendas de ontem são os mais ligados ao ciclo econômico: o índice europeu Stoxx para o setor automotivo caiu 1,9%, o tecnológico -1,4%. Em Milão, a Fiat perdeu 2,4%, a Fiat Industrial -0,8%, a Pirelli -1,2%. A Volkswagen perdeu 1,7%, a Daimler -2,3%. Entre as ações industriais, a StM caiu acentuadamente -2,6%, enquanto a Finmeccanica ganhou 1,9%. Queda acentuada da Parmalat -3,7%.  
As ações de luxo caíram: Ferragamo -2%, Tod's -1,7%, Luxottica -0,6%. Em Paris, o Lvmh caiu 1,9%. Os bancos lutaram: Unicredit -1% e MontePaschi -0,5% caíram, Intesa +0,5%, Banco Popolare +1,1% e Ubi +2,3% subiram. Entre as seguradoras, forte queda da Unipol -2,1% que voltou ontem a distribuir dividendos. A Unipol “sob o novo perímetro” fechou 2012 com um resultado líquido consolidado de 441M€, apesar do prejuízo de 889M€ da Premafin, graças a um benefício de 1.089M€ decorrente da aplicação da norma contabilística IFRS3. O lucro líquido consolidado do grupo Unipol independente é de 241 milhões; está previsto um cupão de 0,15 euros por acção para as acções ordinárias e de 0,17 euros para as acções de poupança. 

A Fonsai -0,69% amortizou os títulos em carteira da Mediobanca em 46 milhões de euros e a Generali em 13 milhões. Entre os 188 milhões de imparidades em instrumentos financeiros feitos pela Fonsai, 40 milhões também diziam respeito à Alitalia. O balanço fechou com prejuízo de 799,6 milhões. Generali perdeu 0,4%. Dia ruim para títulos de gestão de ativos: Mediolanum-3,8%, Azimut -2,6%. A Telecom Italia perdeu 1,5%. 

A próxima liquidação de contas a receber devidas por empresas à administração pública poderá revelar-se um factor positivo para a empresa Tlc que possui cerca de 1 bilião em contas a receber do sector público. A Enel caiu 0,4%. Entre as médias e pequenas empresas, Prelios correu +5% enquanto se aguarda o anúncio do acordo com os bancos para a reestruturação da dívida. A Indesit subiu 2,1% depois de o conselho ter definido o valor do dividendo (20 cêntimos por ação). 

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