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Grécia, reestruturação urgente da dívida. A Europa é incerta, a classificação cai novamente

O rating da agência (Caa1) implica uma probabilidade de incumprimento de 50% nos próximos 5 anos. A emissão de títulos gregos divide a Alemanha e o BCE.

“Dívida fora de controle”. O veredicto (perspectiva) da agência Moody's é implacável: ontem à noite baixou o rating da Grécia, fazendo-a regredir uns bons três degraus, de B1 para Caa1. A perspectiva negativa indica a necessidade peremptória de uma sólida e rigorosa reestruturação da dívida. A resposta veio enquanto, em Viena, Atenas negociava com a Europa o valor da ajuda: em particular, haveria um novo pacote de 60 bilhões (depois dos 110 bilhões já alocados), a ser distribuído pelo biênio 2012 -2013.

E as diferenças entre a Alemanha e o BCE continuam sobre o papel dos investidores privados no resgate da Grécia. Em particular, os detentores de títulos gregos seriam solicitados a adiar as cobranças, uma medida à qual o BCE se opõe. Em suma, se o paciente piorar, os médicos não concordam com o tipo de terapia. Um clima de incerteza que deixa as rédeas soltas aos julgamentos das agências de rating, semelhantes mais do que tudo a abutres atraídos pelo cheiro do cadáver.

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