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Grécia e UE na corrida final: "O acordo está próximo"

Segundo Varoufakis, a assinatura chegará na próxima semana - Tsipras também está otimista, mas continua pedindo a reestruturação da dívida - Moscovici: "Ainda não chegamos lá" - Levantamentos de depósitos bancários aumentam, enquanto prazos pesados ​​​​se aproximam para Atenas cofres - A última chance de evitar a inadimplência é em Riga, nos dias 21 e 22 de maio.

Grécia e UE na corrida final: "O acordo está próximo"

No interminável cabo de guerra entre a UE e a Grécia, sinais de compensação estão vindo de Atenas. O ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis, voltou a falar com otimismo: "Estamos muito perto de um acordo - disse à emissora Star TV -, acredito que dentro de uma semana possamos chegar à assinatura".

Ainda de acordo com o primeiro-ministro Alexis Tsipras, "depois de longas e cansativas discussões, estamos agora na reta final para firmar um acordo favorável para ambas as partes, mas o acordo deve incluir a reestruturação da dívida grega, metas de superávit primário mais baixas, especialmente para 2015 e 2016, e nenhum corte em salários e pensões". 

Algumas horas antes, o comissário da UE para assuntos econômicos, Pierre Moscovici, comentou a negociação com Atenas de uma forma completamente diferente, admitindo que "ainda não chegámos lá". 

Além disso, ontem à noite um porta-voz do governo grego ele reiterou que "uma reunião é necessária imediatamente para resolver problemas críticos de liquidez", acrescentando que "um ultimato dos credores não facilitaria um acordo".

A pressão da esquerda do Syriza sobre Tsipras também contribui para complicar o caminho para o acordo (um documento assinado por cinco membros do comitê central do partido pede o rompimento das negociações com a UE).

Para superar o impasse nas negociações, o Presidente da Comissão Jean Claude Juncker ele teria seu cartão pronto: um acordo de "pegar ou largar" que alivia muito as exigências de Atenas, adia a austeridade até o outono e promete 5 bilhões em ajuda em junho.

O clima geral, portanto, ainda é altamente incerto, mas desta vez parece possível que as partes cheguem a um acordo na próxima cúpula européia, marcada para em Riga nos dias 21 e 22 de maio. Se assim não fosse, recomeçariam os problemas de liquidez de Atenas e dos seus bancos.

No próximo mês, a Grécia enfrentará um prazo de pagamento de 1,5 bilhões ao Fundo Monetário Internacional, enquanto entre julho e agosto terá que recomprar sua própria dívida para 6,7 bilhões pelo Banco Central Europeu. 

Entretanto, o governo grego apresentou a sua proposta de reforma doIva, o que representa um passo importante para a liberação da parcela de ajuda de 7,2 bilhões. Até agora, porém, os obstáculos relativos às reformas previdenciária e trabalhista não parecem ter sido superados.

Nas últimas semanas o retirada de depósitos de bancos gregos aumentou significativamente e parece ter atingido os 35 mil milhões de euros.

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