Nos Estados Unidos, entre 2003 e 2012, 303 pessoas morreram em acidentes de trânsito em carros da General Motors em que os airbags não funcionavam. É o que revela a Friedman Research Corporation, empresa que analisa dados de segurança, mas que não tem procurado perceber as razões dos acidentes rodoviários tidos em conta.
Incidentes envolvendo dois modelos, Chevrolet Cobalts (2005-07) e Saturn Ions (2003-07), entre seis que a GM foi forçada a fazer um recall no mês passado (totalizando 1,6 milhão de carros) devido a uma falha de ignição, que supostamente resultou em 31 acidentes e 13 mortes. Um defeito que teria sido descoberto há mais de uma década e que o Departamento de Justiça e o Congresso estão investigando nos Estados Unidos.
O estudo da Friedman Research Corporation foi encomendado pelo observatório "The Center for Auto Safety", que enviou uma carta à National Highway Traffic Safety Administration, acusando a agência americana de segurança rodoviária de não ter identificado este problema e o relacionado com a ignição que levou (com mais de 10 anos de atraso) ao recall de 1,6 milhão de carros.
No entanto, a General Motors criticou o uso do banco de dados, conhecido como Fatality Analysis Reporting System (Fars): “Como observadores especializados sabem, o Fars coleta dados brutos. Sem uma análise rigorosa, é pura especulação tentar chegar a qualquer conclusão significativa”, disse Greg Martin, porta-voz da gigante automobilística.
