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Dia de quedas nas bolsas de valores, mas a Piazza Affari é plana: Enel corre e a moda desmorona

Reduções generalizadas nas bolsas, mas Piazza Affari limita os danos e fecha estável - Ferragamo despenca (-8,12%) e também arrasta Yoox, Moncler e Tods - O planeta Enel, A2A, Bper e Cnh vai na contramão - Chuva relatórios trimestrais – A queda dos preços do petróleo e a incerteza sobre as taxas de juro estão a deixar os mercados bolsistas nervosos

Dia de quedas nas bolsas de valores, mas a Piazza Affari é plana: Enel corre e a moda desmorona

Os dados sobre o PIB na Europa e em Itália, acompanhados pelo declínio em Wall Street na sequência da nova liquidação do petróleo, empurram as bolsas de valores europeias para território negativo. O Ftse Mib limita o vermelho a -0,08% após a pequena decepção no Produto Interno Bruto. No terceiro trimestre, anunciou hoje o ISTAT, o crescimento situou-se em +0,2% face ao segundo trimestre, contra expectativas na área de +0,3%. Numa base anual, porém, o PIB italiano registou um crescimento de 0,9%. “A aceleração diminuiu – comentou Istat – mas os dados ainda são positivos. Há que ter em conta que se trata de uma estimativa preliminar e que dentro de quinze dias teremos novas informações e mais elementos”.

Por outro lado, o PIB da Zona Euro também marcou o passo para +0,3 por cento no terceiro trimestre, face aos +0,4% dos três meses anteriores e abaixo da média das expectativas dos analistas (+0,4%). Em particular, na Alemanha o Produto Interno Bruto cresceu 0,3%, abrandando face aos +0,4% do trimestre anterior, enquanto em França melhorou para +0,3%, em linha com as expectativas. As Bolsas de Frankfurt e Paris fecharam em -0,69% e -1%, respetivamente. Londres -0,98%. As bolsas de valores asiáticas também caíram: Tóquio -0,5%, Hong Kong -2,1%, Xangai -1,3%.

Wall Street também está no vermelho: o Dow Jones caiu 0,55% e o S&P500 caiu 0,76%. A nova queda acentuada do petróleo tem impacto, caindo 1,02% para 40,73 dólares por barril, na sequência das preocupações com o excesso de stocks globais também em 2016. Segundo a Agência Internacional de Energia, no final de Setembro os stocks nos países avançados e que fazem parte da OPEP atingiram o nível recorde próximo dos três mil milhões de barris. Os dados macroeconómicos divulgados à tarde também não ajudaram: as vendas a retalho em outubro cresceram 0,1% face a setembro, menos do que o esperado; os preços ao produtor do mês passado registraram -0,4% mensalmente, contra previsões de +0,2%. Na Bolsa de Valores, as ações de varejo, incluindo Wall Mart e Macy's, sofreram especialmente. Por outro lado, o sinal veio do índice da Universidade de Michigan, que subiu para 93,1 pontos na primeira pesquisa de novembro, ante 90 em outubro, melhor do que as expectativas dos analistas, que pararam em 92 pontos. A taxa de câmbio euro-dólar caiu 0,84% para 1,0723.

Na Piazza Affari, as vendas superam a Ferragamo, que despenca 8,12% no rescaldo das contas trimestrais que foram significativamente impactadas pelo custo das atividades de cobertura cambial. Existem vários julgamentos negativos de analistas. O resto do setor de bens de luxo também caiu: Yoox -4,40%, Moncler -2,51% e Tod's -2,11%.

Fora do Ftse Mib vendas atingiram Rcs -5,91%, completada com suspensão por excesso de queda, na sequência do vermelho das contas de nove meses e do risco de uma recapitalização. 

Em contrapartida, em cima do Ftse Mib A2A sobe 2,3%, Enel Green Power +2,04%, Bper +1,66%, Enel +1,29% após as contas trimestrais e a confirmação das metas 2015, Cnh Industrial +1,29%

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