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Freccia Vallone: ​​​​poker histórico para Valverde

O campeão espanhol repete o sucesso do ano passado: com quatro vitórias ultrapassa Merkcx com quem partilhou o recorde no rol de honra do clássico das Ardenas – Valverde é também candidato a grande favorito para o Liège de domingo.

Freccia Vallone: ​​​​poker histórico para Valverde

Bater um recorde que vinha sendo detido por Eddy Merckx desde os anos 36 acrescenta uma dimensão muito especial à vitória: o quarto triunfo no Freccia Wallone, o terceiro consecutivo, faz de Aleajandro Valverde o novo recordista no rol de honra de o clássico das Ardenas que precede Liège-Bastogne-Liège em três dias. Aos 17 anos, o campeão murciano vive uma espécie de primavera competitiva nos últimos dois anos, tanto que se confirma como o homem a bater também no próximo Doyenne, o clássico-monumento que fecha o ciclo primaveril de grandes corridas de linha e que já no ano passado viu o sucesso retumbante de Valverde. Recém-saído da vitória na Vuelta a Castilla y Leon, o líder espanhol da Movistar era um dos superfavoritos da noite com o belga Philippe Gilbert, o irlandês Daniel Martin e o francês Julian Alaphilippe. Repetindo a tática do ano passado, Valverde assumiu com maestria a direção da corrida ao chegar ao sopé do Mur d'Huy sem que outros pudessem impedi-lo também graças ao hábil trabalho dos Movistars que frustraram qualquer tentativa de fuga depois de terem alcançou a XNUMX km da chegada o inglês Stephen Cummings, último sobrevivente da fuga do dia. O rival mais perigoso, Gilbert, havia se rendido na penúltima dificuldade, a Cote de Cherave.

Joaquim Rodríguez e Martín, apesar de estarem no grupo de Valverde, não deram a impressão de estarem em grande forma. Ficaram os suíços Michele Albasini e Alaphilippe, já segundos no Freccia do ano passado. Até Gasparotto, mantido à vista após sua dobradinha na Amstel Gol Race, sempre esteve nas primeiras colocações da corrida. Mas perante a potência desencadeada por Valverde nos 1300 metros do Mur d'Huy com uma média de desnível próxima dos 10% pouco havia a fazer: o último a ceder no sprint foi Alaphilippe a quem, imediatamente após a linha de chegada, até mesmo os nervos da decepção de outra vitória perdida. O francês bateu os punhos no guidão de raiva xingando sabe-se lá quem, cena parecida com a de outro francês, Nacer Bouhanni, que perdeu o Sanremo, quando dominava o sprint, para um salto em cadeia. Completando o pódio estava Martin em terceiro. Quarto Poels, quinto Gasparotto que se confirma como o italiano mais apto para os clássicos das Ardenas. Para Valverde é o quarto triunfo exatamente 10 anos depois do primeiro, superando ninguém menos que Merckx, o canibal que nas Ardenas agora só detém o recorde em Liège-Bastogne-Liège com cinco vitórias. Uma corrida que parecia fora do alcance de todos os pilotos na estrada hoje, mas com este Valverde que no domingo, como o grande favorito, busca sua quarta vitória também no Doyenne, até mesmo o grande Eddy pode não se sentir mais tão seguro.

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