A assembléia de acionistas da Fonsai aprovou com 99,99% dos votos a favor uma nova ação de responsabilidade contra a administração da Ligresti por danos por outros 32,2 milhões. O capital social presente na assembleia, que decorre actualmente em Bolonha, é igual a 61,31% das acções ordinárias. Entre outros, estão presentes o presidente Fabio Cerchiai, o deputado Pierluigi Stefanini e Carlo Cimbri, superintendente da Fonsai, Unipol e Milano Assicurazioni.
A votação dizia respeito a "operações menores" não incluídas no mandato do comissário ad acta, Matteo Caratozzolo. Trata-se, como recordou a Cimbri aos accionistas, do contrato Europrogetti na zona de Castello em Florença, com um "enorme prejuízo" para a Fonsai quantificado em 27 milhões de euros, a renovação do Hotel Golf em Madonna di Campiglio, com prejuízos na ordem dos 4 milhões em danos para Milano Assicurazioni e, finalmente, os contratos de marketing com Gilli, a empresa de artigos de couro fundada por Giulia Ligresti, com danos por mais 1,2 milhão.
Das investigações efectuadas, reiterou Cimbri, constatou-se que todas as transacções foram efectuadas por empresas do grupo Fonsai com empresas imputáveis à família Ligresti. Transacções "em que emerge todo um conjunto de irregularidades por parte dos administradores e revisores oficiais de contas então em funções". A ação de responsabilidade foi movida contra Salvatore Ligresti e seus três filhos Gioacchino Paolo, Giulia Maria e Jonella. Entre os destinatários também ex-diretores e auditores da seguradora, entre eles o diretor superintendente Fausto Marchionni.