O Fundo Monetário Internacional dá o alarme sobre os fundos de pensão. Na era das taxas baixas sancionadas pelo BCE, a sua sustentabilidade estaria em grande risco.
“A solvência de um grande número de seguradoras e fundos de pensão” – escreve a organização de Washington no último Relatório Global de Estabilidade Financeira – “está ameaçada por um período prolongado de baixas taxas de juros”.
Segundo o que lemos no dossiê publicado hoje, 5 de outubro, «a estas fragilidades juntam-se outros problemas como o envelhecimento demográfico. E o aumento da preocupação com este tipo de instituição financeira poderá acentuar ainda mais a tendência à poupança e, consequentemente, a estagnação financeira e económica”.
Sujeito a um perigo maior estariam particularmente as seguradoras alemãs e japonesas, mas ninguém, segundo o FMI, pode se dar ao luxo de ignorar o problema. A única forma de resolvê-lo é pressionar pela transparência nos balanços das instituições de previdência e pela possibilidade de ampliar o raio de ação dos testes de estresse já vigentes para os bancos, incluindo seguros e fundos.