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Fundação Cartier (Paris): “Living Worlds” uma exposição que dialoga entre a arte e o mundo vivo

a Cartier Foundation for Contemporary Art apresenta a exposição Living World de 14 de maio a 2 de outubro de 2022

Fundação Cartier (Paris): “Living Worlds” uma exposição que dialoga entre a arte e o mundo vivo

Por mais de vinte anos, o Fondation Cartier pour l'art contemporain desenvolveu um programa que explora as principais questões ambientais atuais. Com o tempo, sua coleção cresceu para inúmeras obras que convidam o público a ver a beleza e a vulnerabilidade do mundo vivo sob uma nova luz. Reunindo mais de 250 obras, essencialmente deste acervo, a exposição Mundos Vivos pretende desafiar a nossa imaginação, questionando os limites do antropocentrismo, para reinventar, com empatia e humildade, um novo possível coexistência na terra com plantas e animais.

Além disso, o coração da exposição inclui um notável coleção de obras de artistas ameríndios contemporâneos, exibidos juntos pela primeira vez na Europa. Sua experiência de relação igualitária entre seres vivos, humanos e não humanos, deriva de uma tradição imemorial, da qual temos muito a aprender neste momento de crise ambiental. Muitos desses artistas vêm da Amazônia brasileira, como Jaider Esbell (Makuxi), Ehuana Yaira e Joseca (Yanomami), Bane, Isaka e Mana (Huni Kuin), mas também da Amazônia venezuelana, como Sheroanawe Hakihiiwe (Yanomami). A exposição também reúne uma seleção de desenhos de artistas Nivaklé e Guarani que vivem na floresta paraguaia do Gran Chaco, como Esteban e Angelica Klassen, Floriberta Fermin, Marcos Ortiz, Clemente Juliuz, Osvaldo Pitoe e Jorge Carema.

Ao contrário da tradição ocidental, Living Worlds nos encoraja, observando e ouvindo, a considerar os não-humanos como nossos iguais dentro de um vasto mundo compartilhado que pertence a todas as criaturas vivas. A exposição conta com as contribuições de um comunidade de artistas e cientistas engajados em uma pesquisa estética e existencial, profundamente marcada pela beleza enigmática do mundo vivo. Estes incluem o músico americano e bioacústico Bernie Krause, o artista chinês Cai Guo Qiang, o modelo francês Fabrice Hyber, o diretor armênio Artavazd Pelechian, o botânico francês Francis Halle, o artista americano Tony Ourler e diretores franceses Claudine Nougaret e Raymond Depardon. Suas obras estão entre algumas das peças mais emblemáticas que compõem o Coleção da Fundação Cartier e são fruto de vários anos de trabalho conjunto entre estes artistas e a instituição. Living Worlds também é uma oportunidade para a Fondation Cartier desenvolver novas colaborações com artistas como Bruno Novelli e Solange Pessoa do Brasil.

Living Worlds é a continuação de uma série de exposições já realizadas na Fondation Cartier, explorando o lugar que o homem ocidental se apropriou no topo de uma suposta pirâmide de seres vivos e povos.

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