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FOCUS BNL – A recuperação assenta no consumo impulsionado pela melhoria do mercado de trabalho

FOCUS BNL - A recuperação da economia italiana inspira-se na recuperação do consumo, que beneficia da melhoria das condições do mercado de trabalho - A taxa de desemprego caiu abaixo dos 12% mas a inatividade mantém-se elevada: cerca de 75% dos italianos entre os 15 e os 24 anos não trabalha nem procura emprego.

A recuperação da economia italiana é inspirada na retomada do consumo, que se beneficia da melhora das condições do mercado de trabalho. O número de desempregados caiu quase 150 mil nos primeiros nove meses de 2015. Taxa de desemprego caiu abaixo de 12%, mantendo-se, no entanto, em patamares superiores aos franceses e alemães. Entre janeiro e setembro deste ano, o emprego na Itália aumentou em quase 190 unidades. Destes, 127 são homens e 60 mulheres. A recuperação do emprego afeta os segmentos mais idosos da população, enquanto os jovens continuam a sofrer, com o consequente aumento da idade média. Em 1995, o número de jovens empregados era 20% superior ao dos mais velhos; em 2015, o número de trabalhadores idosos era mais de quatro vezes maior que o de jovens. Nos três primeiros trimestres de 2015, o número de colaboradores aumentou em 177 mil: 110 mil em contratos a termo e 67 mil em contratos sem termo. O peso do trabalho temporário no total de trabalhadores atingiu os 14%, o valor mais elevado dos últimos vinte anos. A taxa de emprego recuperou apenas ligeiramente, voltando a situar-se acima dos 56%. A distância em relação às outras principais economias europeias continua grande: na França sobe para 64%, na Alemanha passa bem mais de 70%. O atraso aparece ainda mais evidente entre os jovens e as mulheres.

Na faixa etária de 15 a 24 anos, cerca de 30 pontos percentuais nos separam do nível alemão, enquanto entre as mulheres é superior a 20 pontos. Apesar da recuperação, a inatividade continua generalizada na Itália, presença de pessoas que não estão trabalhando nem procurando emprego. São 14 milhões de inativos: 9 são mulheres e 5 são homens. Quase um terço do total tem entre 15 e 24 anos. A taxa de inatividade, dada pelo rácio entre inativos e população correspondente, é 7 pontos percentuais superior à francesa e quase 15 pontos percentuais superior à alemã. Aproximadamente 75% dos italianos entre 15 e 24 anos não trabalham nem procuram emprego; na França cai abaixo de 65% enquanto na Alemanha se aproxima de 50%. As razões por trás da alta inatividade são diferentes. Durante a crise, cresceu a parcela dos desanimados e dos que não procuram emprego para estudar, apesar do baixo nível de escolaridade que caracteriza a população italiana. Entre os inativos com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, diminuiu o peso dos que já estão reformados ou não têm interesse em trabalhar devido à idade. Por outro lado, muitas vezes são razões familiares que levam as mulheres para fora do mercado de trabalho.

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