Os gestores de ativos estão incluindo cada vez mais risco climático nas decisões de investimento. É o que revela a pesquisa ESG (Environmental, Social and Governance) realizada pela equipe Multi-Manager Research da Investidores Aviva.
Em particular, a pesquisa constatou que 80% dos gestores de ativos "sempre" ou "frequentemente" incorporam o risco climático em suas decisões de investimento. Por outro lado, apenas 2% disseram que “nunca” incluíram o risco climático em seu processo de tomada de decisão.
Além disso, de acordo com a pesquisa, quase três em cada cinco gestores de ativos (58%) dizem que a pandemia acelerou a adoção de investimentos ESG dos investidores, à medida que as empresas respondem à pressão crescente dos investidores institucionais e de varejo para considerar os riscos ambientais e sociais, bem como as oportunidades mais ecológicas trazidas pelos esforços de recuperação da Covid.
Não apenas isso: entre os gestores de ativos pesquisados, 60% vinculam a remuneração dos executivos ao desempenho ESG, mais que o dobro dos 28% em 2019.
“Os gerentes de ativos estão mostrando claramente que os combustíveis fósseis e as indústrias intensivas em carbono terão um papel reduzido nas carteiras daqui para frente, com 87% dos gerentes entrevistados prevendo uma exposição estruturalmente menor nessas áreas. Mais surpreendentemente, os gestores de ativos argumentam que a mudança climática já está bem integrada nas práticas de investimento".
O ponto delicado diz respeito à diversidade étnica e de gênero. A pesquisa constatou que 58% dos gestores de ativos acreditam que a representação feminina nos conselhos de administração é inferior a 30%, enquanto 61% das empresas não têm representação étnica. “Como muitos estão se comprometendo com metas de nível executivo, como e com que rapidez essa lacuna diminui serão indicadores importantes de compromisso com a diversidade”, conclui a pesquisa.
