“A Itália continua a ser um país de grande atratividade e excelência”, e isso é “também uma fonte de grande responsabilidade para todos os decisores políticos, porque este enorme potencial só pode concretizar-se se resolvermos todos os nós e dificuldades que travam o crescimento”. O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, abriu a cerimônia de inauguração da 83ª edição da Fiera del Levante em Bari com estas palavras. “Durante a minha visita a Bruxelas – continuou o primeiro-ministro -, tive a confirmação de que a Itália está num ponto de viragem, um desafio crucial. Hoje goza de um precioso capital de confiança que, se bem gastos, produzirão efeitos benéficos a curto, médio e longo prazos. A significativa redução do spread é a prova de que os mercados estão apostando fortemente na capacidade da Itália de acompanhar o ritmo do crescimento econômico e na nova fase política”.
Um dos pontos cruciais do discurso de Conte foi sobre o 'Green New Deal': "A atenção da UE é máxima e a contribuição da Itália para esta etapa crucial do planejamento social e econômico europeu será trabalhar para que os investimentos verdes dos Estados Membros , são promovidos tanto quanto possível. Devido a esta, vamos pedir a exclusão dos investimentos verdes do cálculo do déficit, para efeitos de cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento".
A visita foi precedida por uma entrevista de Conte ao jornal La Gazzetta del Mezzogiorno, na qual o primeiro-ministro especificou o plano para o Sul: “O crescimento da Itália depende da redenção do Sul. Por isso, incluímos no programa do Governo um plano extraordinário de investimentos para o Sul, que deve incluir também a modernização das infra-estruturas. Ainda falta muito para o trem de alta velocidade no Sul, que é um dos desafios do meu governo. Nos últimos meses, já houve um trabalho constante para a construção da linha Nápoles-Bari, mas todo o Sul, da Puglia à Sicília, precisa de redes rodoviárias e ferroviárias adequadas. É intolerável - é apenas um exemplo entre muitos - que para chegar a Matera, a capital europeia da cultura, não existam ligações directas e rápidas".
Sobre o banco público de investimentos, o primeiro-ministro esclareceu finalmente: “O banco público de investimentos que estamos a planear funcionará como uma coordenação entre as principais estruturas públicas de desenvolvimento existentes, como Cassa Depositi e Prestiti, MedioCredito Centrale e Invitalia. O seu objetivo será estimular e orientar a atividade dos operadores financeiros privados apoio específico às PME, com o objetivo de melhorar a sua competitividade e garantir a sinergia com os recursos e investimentos disponibilizados pela Administração Pública às empresas. Será uma ferramenta moderna, eficaz e eficiente”.
