“Vimos que os rebaixamentos estão bem distribuídos em todos os setores, dos bancos à indústria, e até mesmo em vários países. O nível de incerteza é muito alto e, portanto, Não estou nem um pouco surpreso com o downgrade. Não terá impacto nas devoluções“. Com estas palavras Sergio Marchionne comenta o rebaixamento da Fiat pela agência de rating americana Fitch, que cortou sua avaliação no Lingotto BB+ para BB.
“O mercado tem uma visão própria do perfil de risco desses ativos – acrescentou o CEO -. Estamos à procura de uma nova forma de gerir esta situação e é por isso que estamos tão ativos na obtenção de capital”.
Falando à margem da apresentação das novas viaturas Lancia, Thema e Voyager, o director-geral da empresa de Turim mostra-se mesmo optimista: “Sei que o futuro é bom – sublinha a propósito dos objectivos -. Não acho que devamos mudar os números do grupo para 2012. E 2011 também estará em linha com as expectativas".
Quanto aos CNH, empresa norte-americana controlada em 88,9% pela Fiat Industrial e da qual se falava em uma participação da americana Agco, Marchionne reiterou que “Não está à venda", sublinhando que "não tem intenção de alienar participações na empresa". Além disso, o clima com possíveis parceiros não parece dos mais tranquilos: “Já respondi mal duas vezes ao diretor administrativo da Agco – continuou o gerente ítalo-canadense -. Agora ele tem que parar de falar bobagem."
Marchionne então interveio na greve nacional convocada pela Fiom para 21 de outubro, definindo-a como "uma má ideia, um absurdo. Certamente não é uma forma de incentivar o investimento na Itália”. O CEO considera, portanto, fazer uma comparação entre as greves dos trabalhadores, os protestos dos indignados e o que está acontecendo em Atenas: "Temos visto os trabalhadores e os protestos há dois dias na Grécia - disse - são coisas que não vão resolver qualquer coisa. Protestar não pode eliminar a situação atual."