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Eleições 2018, Mariastella Gelmini (Forza Italia): a primeira lei que proporei será sobre escola e trabalho

“A primeira disposição será destinada a construir aquele sistema de políticas trabalhistas ativas que a Lei de Empregos não conseguiu alcançar. Vamos potenciar a oferta formativa profissional, sobretudo no segmento superior, com um importante investimento nos Institutos Técnicos Superiores (ITS) que se transformarão em Smart Academy”.

Eleições 2018, Mariastella Gelmini (Forza Italia): a primeira lei que proporei será sobre escola e trabalho

Mariastella Gelmini foi ministra da educação, universidade e pesquisa no governo Berlusconi de 8 de maio de 2008 a 16 de novembro de 2011. Na última legislatura foi deputada pelo grupo Forza Italia na Câmara dos Deputados, onde também é candidata nesta sessão no círculo eleitoral plurinominal de Milão.

O trabalho continua sendo o tema central de nossa agenda política e será objeto de nossas primeiras medidas governamentais. Em um mercado de trabalho caracterizado por profundas transformações, precisamos mudar a abordagem do '900, para enfrentar a mais recente revolução digital e a evolução tecnológica da Indústria 4.0. Com a abertura global do mercado e a aceleração dos processos produtivos, a topografia do trabalho também muda radicalmente. Desaparece a grande fábrica do século XX, com perímetros físicos bem definidos e organização fordista do trabalho.

As trajetórias de trabalho não são mais lineares, geralmente começando e terminando na mesma empresa. A obra fica mais fluida, quase líquida, e as trajetórias de carreira tornam-se descontínuas e fragmentadas atravessando diferentes experiências e contextos. Mesmo as formas históricas de proteção do emprego não são mais adequadas, porque precisam ser transferidas da relação de trabalho para o mercado de trabalho.  

Nesse cenário, nossa primeira provisão será voltada para a construção definitiva desse sistema de políticas ativas de emprego, que a Lei do Emprego falhou em cumprir, naufragando entre o inesperado resultado do referendo da reforma constitucional e o falso cancelamento das províncias donas do sistema público de serviços de emprego. Confirmado o quadro de repartição de responsabilidades constitucionais entre o Estado e as Regiões, redefiniremos o papel da ANPAL - Agência Nacional de Políticas Ativas do Trabalho - recolocando-o no perímetro das funções de verificação do cumprimento dos Níveis Essenciais de Desempenho para todos os trabalhadores, independentemente da Região de residência, podendo ainda acionar poderes substitutivos naquelas Regiões inadimplentes.

Deixaremos as Regiões livres para adoptarem o modelo de organização do mercado de trabalho mais adequado à satisfação das necessidades dos vários territórios, com o envolvimento de operadores privados em função subsidiária relativamente aos Centros de Emprego, para oferecer às pessoas que perdem o emprego o melhor assistência minimizar a duração do desemprego e os tempos de transição de um emprego para outro. O sistema de políticas ativas que iremos implementar será universal porque pode ser usado por todos independentemente da duração do estado de desemprego e da percepção de políticas passivas. 

Com o mesmo primeiro compasso, vamos enfrentar o problema do desemprego juvenil, configurando definitivamente a aprendizagem como o contrato de primeira entrada no mercado de trabalho com zeragem das contribuições por toda a sua duração máxima de três anos e com posterior redução da contribuição por três anos no caso de transformação em contrato por tempo indeterminado. Desta forma, garantiremos aos trabalhadores mais jovens percursos de colocação profissional isentos de impostos até 6 anos, com a correlata possibilidade de uma espécie de oferta pessoal isenta de impostos. Através da “portabilidade” do abono de contratação, a isenção de contribuição acompanha o jovem, podendo assim ser reconhecida também a entidades empregadoras distintas daquelas em que realizou a sua aprendizagem.  

Com abordagem da realidade, nossa proposta visa incentivar a contratação permanente através de mecanismos de recompensa de incentivos direcionados, sem forçar as escolhas das empresas, evitando qualquer abordagem pedagógica ou disciplinar. 

Vamos combater o desemprego juvenil também através da oferta formativaorientada para o mundo dos negócios e da inovação, através do sistema dual de alternância escola-trabalho e aprendizagem de primeiro e terceiro níveis, que permite aos jovens obter todas as qualificações de nível secundário ou superior, trabalhando . Vamos potenciar esta cadeia formativa profissionalizante, sobretudo no segmento terciário, com um importante investimento nos Institutos Técnicos Superiores (ITS), tornando-os verdadeiras Academias Inteligentes orientadas para a transferência de tecnologia e investigação aplicada.

A partir deste ponto de vista, o aumento progressivo dos recursos de ITS que atingirão um total de 48 milhões a partir de 2020 certamente representa um primeiro passo importante, pelo menos no reconhecimento da necessidade de aumentar o investimento. No entanto, o aumento de recursos por si só não é suficiente, porque é necessário intervir na reorganização da legislação para definir um determinado quadro regulamentar, dentro do qual se reforce a autonomia do sistema de Ensino Técnico Superior e o governo das próprias Fundações é simplificado, para que este segmento educacional recupere o vigor e o ímpeto necessários para crescer e se consolidar. 

finalmente, garantiremos concretamente o direito de estudar com a ferramenta "bônus escolar", para garantir também a liberdade de escolha educacional dos alunos e famílias. Através da construção de um custo padrão de sustentabilidade, daremos às famílias um vale nominal que representará um empréstimo de mesmo valor para instituições de ensino e formação públicas, estaduais e privadas, livremente escolhidas pelos alunos e suas famílias, gerando aquela tensão competitiva em o sistema a uma melhoria contínua que conduza a um aumento da qualidade global de todo o sistema de educação e formação.

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