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Efeito Wall Street nas bolsas, mas spread não desce mais

Depois da Europa, a Ásia também replica o impulso ascendente do mercado de ações americano: Tóquio está em seu nível mais alto em oito meses – boom da Nike – O destino da Sky é decidido no fim de semana – Malacalza conquista Carige – 18% da Juventus muda de mãos

Efeito Wall Street nas bolsas, mas spread não desce mais

Pequim quer responder às tarifas de Trump reduzindo as tarifas de importação. A estratégia, confirmada ontem pelo Ministério da Fazenda, visa despertar a demanda interna e mitigar os efeitos da disputa comercial com os Estados Unidos.

O movimento destina-se a favorecer as demais economias asiáticas, a começar pelo Japão, já estimulado pela boa saúde dos EUA, principal cliente da região. Neste contexto, os efeitos dos aumentos de tarifas por parte de Trump são menos assustadores, numa excelente disposição para o desempenho de Wall Street, puxada para cima pela confirmação de que a situação económica está em alta: os pedidos semanais de subsídio de desemprego baixaram para mínimos desde 1969.

O presidente, convencido com razão de que a economia é a arma extra para vencer as eleições de novembro, apesar do aperto no Russiagate estar se intensificando, dedica seu tweet diário aos países da Opep. “Sem a nossa proteção – escreve – a segurança deles estaria em risco. Mas continuam a pedir preços mais elevados para o seu petróleo”. Em suma, Touro tem no presidente um anjo da guarda que nem sempre é ouvido: as operadoras se preparam para registrar o próximo aumento de juros pelo Fed, apesar dos alertas do presidente. Apenas a curva de juros, cada vez mais estreita, indica que o mercado tem dúvidas sobre a estabilidade do boom.

TÓQUIO NO MAIS ALTO EM OITO MESES

As Bolsas, por enquanto, podem brindar aos novos recordes de Wall Street.

A recuperação das bolsas de valores chinesas continua. Hong Kong subiu 1%, ligeiramente melhor do que o índice CSI 300 das bolsas de valores de Xangai e Shenzhen, que ganhou 2,7% na última semana. A taxa de câmbio dólar-yuan permaneceu inalterada em torno de 6,84.

Tóquio ganha 0,9%, atingindo uma alta de oito meses, enquanto o iene enfraquece em relação ao dólar para 112,7, a menor cotação dos últimos dois meses.

Dia de recordes para Wall Street: Dow Jones (+0,95%) e S&P 500 (-0,78%) atingem novos recordes históricos. O Nasdaq também subiu (+0,98%). Tump comemorou com um telégrafo: "Parabéns, América".

Todos os índices setoriais são positivos, com exceção de energia.

NIKE BOOM: VENDAS +61% GRAÇAS AO CAMPEÃO ANTI-TRUMP

Nike brilha (+1,1%): as vendas nos EUA aumentaram 61% após a contratação como depoimento de Colin Kaepernick, o jogador de futebol símbolo do protesto contra o racismo.

Os preços do petróleo contrastaram, em todo caso abaixo do patamar dos 80 dólares valorizados pela Arábia Saudita. O Brent está sendo negociado a 78,72 dólares o barril.

Saipem fraco ontem (-1,75%). A empresa, que reservou o direito de recorrer da sentença, foi condenada juntamente com seu ex-CEO Pietro Franco Tali por supostas propinas pagas em contratos na Argélia. Kepler Cheuvreux cortou o preço-alvo para 4,4 de 4,5 euros.

MARCOS EUROPEUS SUBEM, MAS O SPREAD NUNCA DESCE

A Itália continua a mudar a imagem dos mercados europeus.

O spread Itália-Alemanha, assim como o diferencial Itália-Espanha, deixaram de cair por alguns dias, também devido às declarações recebidas de alguns membros da maioria. À tarde, o ministro da Economia, Giovanni Tria, confirmou sua intenção de esterilizar as cláusulas de salvaguarda que desencadeariam o aumento do IVA a partir de 2019.

Esta manhã, com os dados definitivos da produção industrial divulgados pelo Istat, os técnicos do Ministério da Economia terão tudo o que é necessário para os seus cálculos sobre a trajectória das finanças públicas: há que saber se há espaço para o rendimento do cidadão, para o imposto fixo e pela abolição da lei Fornero. Enquanto isso: a OCDE cortou a estimativa sobre o crescimento do PIB italiano em 0,2 em 2018 pontos percentuais, passando de 1,2% para 1,4%, enquanto a previsão para 1,1 permanece confirmada em 2019%.

As ações europeias positivas ontem ganharam força gradualmente, impulsionadas pelos ganhos de Wall Street. Ainda esta manhã, de acordo com os futuros, espera-se um início ascendente. A melhoria da situação económica transmitiu-se ao euro que conseguiu elevar-se gradualmente acima dos 1.17 face ao dólar, a par de uma libra agressiva, que olhou mais para a evolução do consumo no Reino Unido muito acima das expectativas do que para as declarações contraditórias vindas de a Cimeira de Salzburgo sobre o Brexit.

LONDRES, DURANTE O FINAL DE SEMANA, O DESTINO DE SKY É DECIDIDO

Bolsas de Frankfurt (+0,9%), Madrid (+1%) e Paris (+1,1%). Londres, travada pelas discussões sobre o Brexit, se sai um pouco pior (+0,49%). No fim de semana, será decidido o destino da Sky, disputada entre a Comcast e o grupo Murdoch. Isso foi decidido pela British Supervisory Authority que estabeleceu as modalidades da corrida que prevê apenas três rodadas possíveis. A partida terminará na noite de domingo. Por enquanto, o lance mais alto (£ 26 bilhões) é da Comcast.

O Milan também participou do rally +0,51% para 21.388 pontos.

O rendimento do BTP de dez anos subiu para 2,893%, de 2,859% no final da sessão de ontem, após uma baixa de 2,803% no meio da sessão. A diferença para os Bunds subiu para 242 pontos, de 237 na véspera, após um mínimo de 232.

LEILÕES DO TESOURO EM ANDAMENTO: CTZ 1,75 BILHÕES

Enquanto isso, é hora do leilão novamente. O Tesouro oferecerá entre 2 e 2,75 bilhões entre Ctz e Btpei na terça-feira. Em detalhe, serão oferecidos 1,25-1,75 mil milhões de euros do Ctz em março de 2020 e entre 750 milhões e 1 mil milhões de euros do Btpei em setembro de 2032.

A Espanha colocou 1,056 bilhão de euros em bônus com vencimento em 2021, 880 bilhões em 2022, 740 bilhões em 2025 e 1,806 bilhão em 2028. Paris +0,9%. A França também concluiu o leilão de títulos do governo colocando 3,221 bilhões de euros em OAT com vencimento em 2021, 3,197 bilhões em 2024, 1,076 bilhão em maio de 2026.

MALACANZA VENCE O DUELO NO CARIGE

Os bancos ficaram negativos, com o índice italiano em -0,11% contra +1,3% do europeu. A Unicredit teve um bom desempenho (+1,05%), a preferida dos analistas da Oddo BHF. Pelo contrário, Ubi Banca (-2,44%) e Mediobanca (-1,44%) caíram no dia da reunião do conselho.

Banca Carige marca -4,55%, no dia em que a assembleia geral nomeou o novo conselho, com a lista de Malacalza que obteve a maioria (7 conselheiros em 11). Pietro Modiano foi nomeado presidente.

STM NO TOPO, ATLANTIA RUMO A ESPANHA

Stm recupera após as derrotas das jornadas e é o melhor da lista com +3,5%. O Credit Suisse confirmou a recomendação Outperform e a meta de 27 euros.

Atlantia sobe 1,43%. Fontes informam que a empresa, juntamente com Acs e Hochtief, criará o veículo que controlará a espanhola Abertis na próxima semana, dando mais um passo para a conclusão da transação. Conte reiterou que a concessionária Autostrade per l'Italia não participará do obras de reconstrução da ponte Morandi, desabou em Gênova no mês passado, mas apenas para seu financiamento.

VENDA FCA, 18% DOS TÍTULOS JUVENTUS PASSAM A MÃO

A Fiat Chrysler subiu (+1,5%) depois que a imprensa concluiu o acordo com a Kkr para a venda da Magneti Marelli. Segundo alguns analistas, a venda tem aspectos negativos, porque a FCA se privaria da empresa mais tecnológica do grupo.

Revés no final de uma sessão arrebatadora para a Juventus (-5,4%), apesar de ter vencido a estreia na Liga dos Campeões, depois de atingir o pico de 1,8 euros. Mais de 182 milhões de ações foram negociadas no mercado, ou seja, 18% do capital social da empresa presidida por Andrea Agnelli, mais que o dobro do recorde anterior, que datava de 2012.

TELECOM PARA NEXTEL, SAI DA PERSIDERA

Inteligência +2,3%. A Rai Way (-1%) estuda uma nova oferta na Persidera, controlada pela Telecom Italia (+0,2%), que por sua vez avalia uma oferta para a operadora de telecomunicações sul-americana Nextel.

A Tecnogym teve um bom desempenho (+2,08%) na sequência do aumento do lucro semestral de 99% para 377 milhões.

Ovs também subiu (+5,23%): o balanço semestral registrou receita estável e Ebitda em queda.

Nova recuperação da Astaldi (+6,66%), após as recentes quedas sobre as alegadas dificuldades para o lançamento do plano de reforço de capital.

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