comparatilhe

Depois do Brexit: para a Itália 5-15 bilhões em jogo para o Irpef

É isso que está em jogo na negociação europeia pós-Brexit. O ministro Calenda pressiona para não considerar investimentos no Pacto de Estabilidade Europeu. Os recursos assim liberados permitiriam antecipar o corte do Irpef para 2017

Depois do Brexit: para a Itália 5-15 bilhões em jogo para o Irpef

Mais flexibilidade para o crescimento, menos austeridade. A Itália insiste e pretende actuar sobre os investimentos a separar do Pacto de Estabilidade com a UE. Este é o tiro no braço que o governo Renzi teria em mente na complexa negociação que se abrirá após o Brexit. As orientações foram indicadas na noite desta segunda-feira, após cimeira do trio Hollande-Merkel-Renzi.

Os números hipotéticos - completamente não oficiais - flutuam de 5 para 15 bilhões e ainda são teóricos, mas indicam a vontade e a extensão do compromisso que o governo italiano almeja. O ministro do Desenvolvimento, Carlo Calenda, ficaria encarregado de pressionar para excluir os investimentos do pacto europeu. Dessa forma, obter-se-ia um precioso suprimento, observam fontes do governo, para inserir medidas como a Irpef cortou na manobra para 2017, antecipando assim o calendário do programa original que visava reduzir os impostos pessoais em 2018. Na segunda-feira, o primeiro-ministro Renzi deixou clara a sua determinação na batalha pelo crescimento quando alertou que "o défice, mas também o excedente, deve ser considerado um problema de alguns países". Uma mensagem clara dirigida à chanceler Angela Merkel.

Mas é sobretudo método e vontade política que Renzi fala na primeira segunda-feira 'pós-Brexit'. Nas habituais comunicações ao Senado e à Câmara que antecederam o Conselho Europeu, em curso na terça-feira em Bruxelas, Renzi deixou claro o sentido da mensagem que depois reiteraria nas declarações conjuntas com Merkel e Hollande na noite de segunda-feira em Berlim. “Não se pode fechar os olhos” mas há que respeitar a vontade do povo britânico, dando corpo à saída da Grã-Bretanha da UE, sem “passar um ano a falar de procedimentos”. E então “vire a página” no cenário da UE.

Comente