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Dez semanas de alta do dólar, mas duelo entre EUA e Alemanha preocupa os mercados

Apesar de uma pequena desaceleração nesta manhã, o dólar fecha 10 semanas de crescimento contínuo como não acontecia desde 1967 – Os mercados, porém, olham com preocupação para a troca de acusações entre os EUA e o ministro alemão Schaeuble que responde ao críticas à austeridade ao dizer que o mundo corre risco de bolha por políticas expansivas – golpe da Siemens

Dez semanas de alta do dólar, mas duelo entre EUA e Alemanha preocupa os mercados

SEGURE A ÁSIA, ABAIXE PRADA. ALIBABA AUMENTA OFERTA PARA 25 BILHÕES
DISPENSAS MÍNIMAS. SCHAUEBLE. O MUNDO ESTÁ EM RISCO DE BOLHA
 

Queda acentuada nos mercados de ações asiáticos com a retomada das negociações. Perde Hong Kong -1,1% seguida pela Bolsa de Valores da Coreia. Em Tóquio, a queda é de quase um ponto percentual. Softbank está sob pressão de -4,5%, o primeiro acionista do Alibaba que conseguiu uma alta de 12% desde 28 de agosto (data do anúncio do IPO do gigante do comércio eletrônico): Masayoshi Son, acionista número um do japonês A empresa reiterou sua intenção de não vender ações do grupo liderado por Jack Ma. Enquanto isso, o próprio Alibaba decidiu explorar o greenshoe ampliando em 15% a oferta de ações ao mercado.

O IPO, portanto, atingiu a cifra de 25 bilhões de dólares, recorde histórico para uma caloura no mercado financeiro que em sua estreia atingiu o valor de 231 bilhões. Novos sinais preocupantes estão vindo da economia global, conforme reafirmado no fim de semana pelo G20 e pelos ministros das finanças em Cairns. Ali se repetiu o duelo de sempre: os Estados Unidos acusam a Europa, sob o comando de Berlim, de não estimular a demanda. Wolfgang Schaeuble rebateu: o mundo corre o risco de uma bolha devido às políticas expansionistas. A expectativa de novos dados negativos para a economia chinesa pesa sobre as tabelas de preços: o índice PMI da atividade manufatureira, que será divulgado amanhã pela manhã, pode cair pela primeira vez em 2014 abaixo da barreira dos 50 pontos, limite entre crescimento e contração.

SIEMENS COMPRA DRESSER, TESTES DE FUSÃO ENTRE EMC E HP

Houve algumas fotos sensacionais no fim de semana. A alemã Siemnes adquiriu por 7,6 bilhões de dólares em dinheiro o controle da americana Dresser, destinada a se tornar o carro-chefe dos investimentos em petróleo e gás do grupo. Enquanto isso, o The Wall Street Journal relata a retomada das negociações entre a EMC e a HP para criar um único grande grupo. O saldo da última semana foi positivo, apesar de uma modesta correção no final das bolsas norte-americanas. Em Wall Street, o índice Standard & Poor's 500 subiu 1.3 por cento, para um novo recorde de 2,010.4 pontos. Recorde histórico também para o Dow Jones 1.7%, para 17,279.74. Ambas as listas fecharam em território positivo seis das últimas sete semanas. As bolsas europeias também estão em alta: o índice Stoxx 600 fecha com alta de 1,2%.

Frankfurt se sai melhor, devido à menor tensão na Ucrânia. Paris avança 0,4% precedida por Londres +0,45% que só na final apagou o stress da chuva escocesa. O não à independência do Reino Unido também é bom para Madri +1,04%. Milão -0,5% está em território negativo: a recessão denuncia o Fundo Monetário.

Entre os mercados emergentes, a Bolsa brasileira desacelera -1,5% pelo terceiro dia consecutivo. Aproxima-se a data das eleições de outubro e as pesquisas indicam a volta de Dilma Roussef, presidente cessante, à desafiante Marina Silva, a mais apreciada pelo mundo empresarial, apesar de sua longa militância à esquerda.

O DÓLAR TRAVA MAS CONTINUA SUPER COMO NOS TEMPOS DOS BEATLES

O dólar fechou sua décima semana consecutiva de ganhos, como não acontecia desde março de 1967, quando Lindon Johnson sentou na Casa Branca e nos estúdios da Apple (que nada tinham a ver com o adolescente Steve Jobs) a gravação de Sgt Pepper's Lonely Banda Clube dos Corações. O iene fechou a semana em 109,64 (-1,6%) no menor nível desde agosto de 2008. O euro caiu para 1,2829 a preços de julho de 2013. Esta manhã o dólar corrigiu: 1,2854 contra o euro (-0,2%).

LEILÕES DO TESOURO EM ANDAMENTO. BTP ITÁLIA EM 20 DE OUTUBRO

A vitória dos votantes do não no referendo escocês restabeleceu a calma sobretudo no mercado de títulos de dívida soberana da Zona Euro. Os bônus espanhóis colheram o maior benefício, caindo 11 pb com um rendimento de 2,20. O spread face ao Bund alemão a 1,04 anos, que por sua vez caiu para 110%, caiu para 2,37 pontos. Grande recuperação também para o BTP que caiu para um yield de 133%. O spread, por sua vez, cai para 2011 pb, para os valores da primavera de 6. É neste contexto favorável que o Tesouro se prepara para iniciar os leilões de fim de mês. Hoje será divulgada a quantidade do leilão de quinta-feira para Ctz e Btpei. Terça-feira será a vez da modalidade de oferta de BTPs de XNUMX meses (em leilão) na sexta-feira).

A oferta de títulos de longo prazo em leilão na segunda-feira, 29, será anunciada na quarta-feira, 24. Enquanto isso, o Tesouro anunciou que a sétima oferta da BTP Itália, que terá duração de seis anos, está marcada para os dias 20 e 23 de outubro. A novidade é que será colocado um teto nas solicitações dos investidores profissionais.

HOJE CHEGA O CUPOM ANTECIPADO PARA ENI E STM

O pagamento do dividendo provisório da Eni de € 0,56 por ação começa esta manhã. O cão de seis patas fechou a semana a recuperar na onda da descoberta de novas jazidas em Angola e no Equador, a recuperação dos preços do petróleo bruto e, sobretudo, a firme defesa do CEO Caudio Descalzi pelo primeiro-ministro Matteo Renzi após os desenvolvimentos da a investigação sobre subornos na Nigéria. A segunda parcela do cupom do STM, no valor de 0,1 dólar, também será paga esta manhã. A joint venture ítalo-francesa sofreu pesadas perdas, de 4,05%, na sessão do fim de semana: a empresa não fornecerá o giroscópio para o iPhone 6. O pedido foi ganho pela californiana Invensense. Enquanto isso, a cesta FtseMib Mid Cap mudou desde esta manhã, entrando Cerved, Fincantieri, FinecoBank e Salini Impregilo, que aprovou uma recompra de até 10% do capital.

LUXO: PRADA FRANA EM HONG KONG, SETOR SOB FOGO

Na manhã de hoje, na bolsa de Hong Kong, houve um tiro ao alvo para a ação da Prada -4,4% abaixo das cotações de junho de 2012. Esse é o efeito dos resultados decepcionantes da empresa milanesa, que fechou o primeiro semestre de 2014 com um resultado líquido de 244,8 milhões de euros, uma redução de 20,6% face aos 308,2 milhões do período homólogo de 2013 devido ao abrandamento do mercado chinês. A campanha anticorrupção em andamento na Terra do Dragão pesa nas contas. O setor de luxo já pagou um pedágio pesado na sexta-feira: Ferragamo -2% e Moncler -2,3%. Um início de semana difícil se aproxima.

ENEL, UM SEGUNDO DIVIDENDO EXTRA DA ENDESA NA CONSTRUÇÃO

Grandes manobras à vista na Enel. A empresa já deu sinal verde para a compra da Enersis, empresa-mãe dos investimentos sul-americanos já detidos pela subsidiária Endesa que irá proceder ao destacamento de um dividendo extraordinário de 8,2 mil milhões. No final desta operação, a Endesa, que entretanto se terá libertado das dívidas das participadas, deverá proceder à distribuição de um segundo dividendo extraordinário, provavelmente antes do OPV que servirá para aumentar o free float no mercado de Madrid Bolsa de Valores, já marcada para o mês de novembro. Se as condições de mercado não forem favoráveis, a Enel adiará a fase B até o próximo mês de fevereiro.

FIAT, RUMO AOS EUA EM RENEGADE

O Lingotto ganha velocidade em vista do pouso em Wall Street. Começou a campanha publicitária de lançamento do Renegade, o jipe ​​construído na fábrica de Melfi. Entretanto, foi anunciado um acordo com a Mitsubishi para a construção de uma pick-up para os mercados europeu e norte-americano. Enquanto isso, foi anunciado que a fábrica de Pomigliano estará fechada de 16 a 27 de outubro devido à queda na demanda.

JULGAMENTO DE APELAÇÃO PARA CATTOLICA. BANCOS EM EXAME

O sistema de crédito está saindo de uma semana mista, sob a pressão dos primeiros pedidos LTTRO e os veredictos que se aproximam da Avaliação da Qualidade dos Ativos do BCE. Entre os bancos, prevalecem os descontos: Unicredit cai 1,1%, Intesa -1,5% Banco Popolare -2%. Monte Paschi mostra-se com um aumento de 0,6%. No setor de seguros os holofotes estão ligados Católico após a queda de 6,5% na sequência do anúncio de um aumento de capital de 500 milhões de euros.

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