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Deutsche Bank-Commerz: casamento marcado por bilhões de dívidas

Segundo a imprensa alemã, as negociações estão em curso e o Governo está pronto para lançar uma manobra para imitar o impacto fiscal da fusão - Os títulos dos dois bancos andam no vermelho na Bolsa de Frankfurt

Deutsche Bank-Commerz: casamento marcado por bilhões de dívidas

Deutsche Bank e Commerzbank "perto" do que representaria para a Alemanha o casamento bancário do século.

Os rumores sobre a possível fusão entre as duas gigantes alemãs continuam. Rumores falam de negociações em andamento entre o ministro das finanças alemão, Olaf Scholz, e o CEO do Deutsche Bank, Christian Sewin. Os dois estão supostamente examinando a viabilidade do plano que poderia reviver a sorte do Deutsche Bank. O banco, depois das inúmeras vicissitudes financeiras dos últimos anos, está prestes a fechar um 2018 de pesadelo do ponto de vista bolsista, ano em que perdeu mais de 50 por cento do seu valor.

Segundo Handsblat (citando fontes políticas de Berlim) o Governo estaria mesmo disposto a propor uma manobra para limitar o impacto fiscal das empresas em caso de casamento.

O diário económico alemão informa ainda que a família real do Qatar, que detém hoje 6,1% do Deutsche Bank, poderá aumentar a sua participação para 10%, hipótese já desmentida, porém, pelo porta-voz do Qatar Financial Center.

A combinação das duas notícias enviadas em vermelho as ações do Deutsche Bank em Frankfurt (-2%), enquanto as ações do Commerzbank caíram 3,5%.

Entretanto, enquanto se discutem as hipóteses, já há quem faça os primeiros cálculos. De acordo com os cálculos de Credit Suisse, a união entre o Deutsche Bank e o Commerzbank daria origem a um gigante com receitas de 35,3 mil milhões de euros e um rácio Cet 1 de 13,7%. Entre os vários números, porém, destaca-se o referente a todosdívida total que pode chegar a 1.846 bilhões de euros, dos quais 1.315 bilhões do Deutsche Bank e 531 milhões do Commerzbank.

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