comparatilhe

Delegações fiscais: o Governo vai ouvir categorias e cidadãos e vai trabalhar com o Parlamento

São pelo menos trinta as questões identificadas pelo vice-ministro da Economia para reescrever e reordenar as regras do fisco: “Destas – explicou Luigi Casero – muitas são necessárias para ativar outros processos de implementação, mais complexos e articulados” – Esta é a caso da reforma do Registo Predial, que carece de duas intervenções imediatas para ser activada.

Delegações fiscais: o Governo vai ouvir categorias e cidadãos e vai trabalhar com o Parlamento

“Para a implementação das delegações fiscais manteremos um diálogo constante com as comissões parlamentares, bem como com as associações de classe. Será também disponibilizada a todos os cidadãos uma plataforma eletrónica para recolha de sugestões e observações”. A afirmação foi feita no Parlamento pelo Vice-Ministro da Economia e Finanças, Luigi Casero. 

Com a implementação dos poderes vamos provocar "uma grande revolução no sistema tributário", disse Casero, que passou a listar os primeiros temas que os escritórios vão abordar: a simplificação das obrigações, com a revisão da Caf e o pré - declaração preenchida para funcionários públicos e aposentados; reorganização dos regimes simplificados, a partir dos mínimos; introdução da faturação eletrónica, com o objetivo de reduzir as obrigações fiscais e de combater melhor a evasão fiscal.

Mas há pelo menos trinta temas identificados por Casero para reescrever e reorganizar as regras tributárias. “Destes – explicou o vice-ministro – muitos são necessários para ativar outros processos de implementação mais complexos e articulados”. É o caso da reforma do Registo Predial, que carece de duas intervenções imediatas, simples e de rápida implementação, como a definição de comissões censitárias e a regulamentação da relação de colaboração entre a Administração das Receitas e Territórios e as autarquias locais.

Além disso, as simplificações de obrigações podem começar já em maio. A eles estará vinculada a proposta, relançada pelo primeiro-ministro Matteo Renzi, de declaração de imposto pré-preenchida para funcionários públicos e pensionistas. “Declaração que – especificou Casero – se for implementada imediatamente poderá estrear na primavera de 2015, para o ano fiscal de 2014”.

No alinhamento das macrointervenções para a reorganização do fisco, Casero referiu-se ainda à racionalização da liquidação, à regulamentação do abuso de direito, à revisão do sistema sancionatório e contencioso tributário, à redução das despesas fiscais. E outras questões como a estabilização de 5 por mil e a revisão de 8 por mil. A análise dos jogos públicos é um assunto à parte: uma "questão fundamental e importante", que, segundo Casero, "exige uma discussão mais aprofundada".

Quanto ao método, o Governo pretende seguir um procedimento muito "participativo", envolvendo directamente o Parlamento - sublinhou o vice-ministro. Para isso vamos começar com “a constituição de grupos técnicos de trabalho no Ministério da Economia, sobre as diversas questões da delegação fiscal”. Então sempre haverá "um confronto direto com o Parlamento durante a redação das disposições"; e a comparação será alargada às associações profissionais envolvidas e – para algumas questões mais sensíveis – também aos cidadãos, “com a ajuda de plataformas telemáticas”, explicou Casero.

No debate que se seguiu às declarações de Casero nas comissões de Fazenda da Câmara e do Senado, também chamou a atenção do Governo a urgência da implementação da delegação sobre a reorganização da arrecadação local, já que no setor - afirmou Marco Causi do Pd - há muita morosidade legislativa e sobretudo um problema contabilístico para os Municípios e Províncias, que a partir deste ano terão de indicar os dados do imposto cobrado.

Comente