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Táxi decreto, as novidades em breve. Greve confirmada nesta quinta-feira, 23

O protesto vai durar de 8 a 22 em toda a Itália, mesmo que alguns sindicatos não tenham aderido – os taxistas não confiam e desertaram da reunião com a Uber cujos líderes serão ouvidos pelo ministro Delrio. Ajustes finais ao decreto do governo

Táxi decreto, as novidades em breve. Greve confirmada nesta quinta-feira, 23

Motoristas de taxi ainda em pé de guerra. Os motoristas dos carros brancos cruzarão os braços por toda a Itália na quinta-feira, 23 de março, de 8 a 22, para protestar contra as temidas concessões a Uber e NCC. A última greve da categoria em nível nacional data de 2012, quando ainda estava no governo Monti.

O centro dos protestos será Roma, onde há uma concentração de carros brancos sob o Coliseu e uma assembléia na Piazza Venezia, que corre o risco de paralisar o trânsito na capital, mas também há quem esteja pensando em bloquear trechos de algumas rodovias.

No entanto, nem todas as siglas da categoria irão aderir ao protesto, convocado por táxi Fit Cisl, táxi Uil Trasporti, táxi Ugl, Federtaxi Cisal, táxi Usb, que convocou a greve com Uti, Unica Cgil e Unimpresa. Com efeito, Uri, Uritaxi, Casartigiani e Confartigianato não assinaram o documento, enquanto outras siglas se reservaram o direito de aderir posteriormente.

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O cerne do protesto é a reorganização do setor em estudo Governo, um decreto em que os taxistas não confiam antes mesmo de lê-lo e que teria três pontos-chave. A primeira é a definição das áreas livres para NCCs, que assim não devem mais retornar à garagem de largada, mas em uma área territorial precisa, ainda não se sabe se são de abrangência regional ou mais restritas.

A segunda é a da introdução de regras não invasivas para o controle, inclusive fiscal, de Aplicativos como Uber. Uma abertura do governo que é vista pelos taxistas como uma forma de chegar a um acordo com uma organização que deveria, na opinião deles, ser considerada ilegal.

A terceira mudança principal diz respeito à carros brancos, para o qual o Governo estaria a antever o possível eliminação de restrições ao acúmulo de licenças, o que daria a possibilidade de exercer a atividade também em regime de empresa, e maior flexibilidade de preços, sem prejuízo dos condicionalismos das tarifas máximas, bem como a possibilidade de oferta de serviços complementares comouso coletivo de táxis.

Uma série de aberturas que não são apreciadas pelos taxistas italianos, que também desertaram do convite para um confronto da Uber, (que hoje terá reunião no Ministério dos Transportes) e que apontam o dedo ao executivo: "Outra vez fomos humilhados. O governo não tem conseguido dar qualquer tipo de resposta a questões simples, escondendo-se atrás da soberania do parlamento". Seu protesto não mostra sinais de diminuir.

Preços
Preços que estão em Milão e Roma entre os mais altos do mundo. De acordo com um estudo do banco suíço UBS, de facto, Milão e Roma são respetivamente a oitava e a décima oitava cidades mais caras do mundo em termos de táxis, num ranking liderado pela norueguesa Oslo. As duas cidades italianas são significativamente mais caras do que Paris, Londres e Nova York.

Preços que se justificariam, segundo os dados divulgados pela Cgia do Mestre, dos custos acrescidos que os taxistas italianos têm de suportar. De facto, nas principais rubricas da despesa haveria sempre uma diferença significativa face à média da Zona Euro: +13,4% nos gastos com gasóleo, +4,1% na carga fiscal, +57,2% no prémio médio anual de seguros e +1,2 % no preço dos carros.

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