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Do banco às estrelas: a parábola de Salah, o egípcio que faz Florença sonhar

O egípcio de 6 anos, que chegou do Chelsea como contrapartida do Cuadrado, já conquistou o Florence em um mês, marcando 7 gols em XNUMX jogos, incluindo o bis que derrubou a Juve no Estádio – E agora é de se perguntar por que alguém assim nunca jogou pela Inglaterra.

Do banco às estrelas: a parábola de Salah, o egípcio que faz Florença sonhar

O estranho

Levante a mão se você já ouviu falar dele antes de janeiro passado. Mohamed Salah, o Messi do Egito, ou o Faraó, que todo mundo que vem daquelas paragens é um pouco faraó para nós. Quem o acompanhou durante o ano e meio em Basel (omito os primórdios em sua terra natal, pois me parece improvável), ou durante o ano em Chelsea (de janeiro de 2014 a janeiro de 2015), onde a egípcia de XNUMX anos que faz sonhar Florença aqueceu mais bancos do que corações.

Ele havia aparecido no noticiário esportivo local no final de dezembro, quando se falava em um interesse da Roma, antes de Sabatini ativar a dupla Ibarbo-Doumbia (e quem sabe se o tempo estará bom com o atacante colombiano e o ponta-de-lança marfinense, mas talvez alguém, à volta de Trigoria, esteja agora a comer as mãos), depois foi parar à Fiorentina com uma etiqueta bem estampada no pescoço, daquelas que não autorizam demasiadas fantasias, a de "contraparte técnica".

Uma embalagem para presente, em poucas palavras, ainda que, diga-se, fortemente desejada por Pradè e Montella. Dá-nos o Cuadrado e damos-te trinta milhões e, já agora, acrescentamos este outro, de que já não precisamos.

Reserva em Chelsea, fenômeno em Florença

Tendo jogado 13 partidas em seu ano pelo blues, Salah, principalmente em clipes, marcando uma ninharia de 2 gols. Sim, o golo, que, se formos ver as estatísticas da sua curta carreira (afinal tem apenas 22 anos) nunca foi a sua especialidade. Com o Basel, da Suíça, havia feito 9 gols em um campeonato e meio. 

Três a mais do que ele marcou em um mês em Florença. Seis em sete jogos, mais uma assistência. Gols pesados, entre outros: o que marcou definitivamente o retorno da Liga Europa com o Tottenham, por exemplo, ou o que decidiu o San Siro contra o Inter, mas sobretudo o Dois gols no Estádio da Juventus, com a qual Messi do Egito eliminou os eternos campeões da Itália em seu forte (o último a vencer foi o Bayern há quase 2 anos), conquistando um lugar de honra no coração de todos os torcedores do Viola.

Dois gols que são um resumo do Salah visto até aqui. Velocidade, técnica, frieza. Costa a costa de zona a zona fechada com uma esquerda perfeita. Então uma bola suja mordiscou um adversário e entrou como se fosse a coisa mais simples do mundo.

E talvez alguém, agora, esteja se perguntando por que não sabíamos antes, que isso era tão forte. Como é que alguém como Mourinho (que não é Pato Donald, mas não é infalível: veja Quaresma) se livrou dele com tanta facilidade e assim por diante. E talvez alguns respondam que é porque o nosso futebol decaiu, que é sempre uma boa resposta, e a saída de um grande jogador inglês da nossa área faz a diferença.

Ou alguém falará sobre amadurecimentos repentinos, confiança do ambiente, motivações táticas e assim por diante, sobre um estado de graça, talvez esquecendo a única verdade: o futebol é um assunto misterioso e pouco confiável. E todos os envolvidos, desde os que falam até os que fazem, são humanos e, portanto, falíveis. E talvez não dure, mas talvez Salah só precisasse jogar, mostrar a todos o quão forte ele era.

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