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Cultura: motor da economia italiana

92 mil milhões de euros é o que o Sistema Produtivo Cultural e Criativo produz em números (incluindo empresas, Administração Pública e terceiro setor), mas sobe para um total de 255,5 na cadeia produtiva cultural com 16,6% da riqueza produzida.

Cultura: motor da economia italiana

Isso é o que emerge Relatório 2018 “Sou cultura" elaborado por Fundação Symbola e Unioncamere, com a colaboração da Região de Marche e apresentado no Ministério do Patrimônio Cultural e Turismo na presença do novo Ministro Alberto Bonisoli.

Por Sistema de Produção Cultural e Criativa entendemos todas aquelas atividades econômicas que produzem cultura, bens e serviços. Está dividida em cinco áreas principais: indústrias criativas - arquitetura, comunicação e design -;  indústrias culturais - cinema, edição, videojogos, música, imprensa, software -; patrimônio histórico cultural - museus, bibliotecas, arquivos, monumentos históricos e sítios arqueológicos -; artes cênicas e artes visuais  e negócios movidos a criatividade (ou seja, aquelas empresas que empregam profissionais criativos e culturais para sua produção, como no caso de manufatura avançada ou artesanato.

Atualmente, as empresas culturais empregam 488 mil pessoas. Os empreendimentos criativos atingem 261 funcionários, as artes cênicas 141 empregos, a valorização e conservação do patrimônio histórico e artístico 51 outros funcionários. A esses quatro setores somam-se as atividades criativas com mais de 579 empregos.

É o design que assume um papel significativo nesta análise e que produz 8,6 mil milhões de euros de valor acrescentado juntamente com a arquitetura; seguido de comunicação com 4,3 mil milhões de euros. Seguem-se setores como editoração, videogames e software. Estes dois últimos produzem 8 mil milhões de euros para a nossa economia.

A distribuição geográfica vê a cidade de Milão em primeiro lugar, seguida por Roma, Turim, Siena, Arezzo, Florença, Ancona, Aosta, Bolonha, Modena.

As empresas do Sistema contam com a presença (2017) de nada menos que 414.701 empresas que respondem por 6,7% do total das atividades italianas.

Os negócios femininos estão em alta na cadeia produtiva, com um crescimento de 0,3% em relação ao ano anterior, geralmente encontrados nas áreas editorial e de comunicação.

Se quisermos analisar as incidências por macroárea, o Centro produz 7,3% do valor adicionado, o Noroeste 6,8% e o Nordeste 5,4%. O sul da Itália, o mais rico em locais culturais e patrimônio histórico, chega a 4,2%.

Segundo o ministro Bonisoli, o trabalho neste setor está crescendo, além de ser um setor altamente qualificado dado também pelo alto número de graduados em comparação com outros setores, isso nos permite apoiar ainda mais a tendência positiva da empresa criativa que exporta criatividade. Além disso, deve ser dada grande importância ao setor de restauração, devido ao grande profissionalismo inerente à tradição italiana, mas também um setor especializado capaz de oferecer um serviço de altíssima qualidade também no mundo.

A partir deste documento, parece que há uma necessidade crescente de cultura, beleza, qualidade e inovação para apoiar a economia italiana no futuro.

 

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