Gosto de pensar que o conceito de cultura corporativa poderia ser atualizado e evoluído para o conceito de consenso corporativo. Etimologicamente, consentimento (verbo: permitir) significa sentir junto, em uníssono: na verdade, lembra assentimento, acordo, sucesso, vontade, conformidade, aprovação. Em seu uso atual, está associado principalmente ao mundo da política e, em particular, ao político individual e, como disse Maquiavel, “Quem é eleito príncipe com o favor popular deve manter o povo como amigo.” O aspecto que me intriga para propô-lo à lingüística corporativa é justamente o ato. Adaptado ao setor empresarial, o conceito de consenso visa reforçar o valor intencional e comportamental da organização: ganhar (ou perder) consentimento em relação ao que faço e como faço. O objetivo estratégico é justamente obter novos consensos ou reter ou recuperar os antigos consensos. Os conceitos de cultura e responsabilidade obviamente aderem muito ao consenso, mas a sensação é de que o consenso é mais tangível, mais material. Nesse sentido, o consenso torna-se a distância real da própria comunidade, dos públicos e dos pessoas, e assim se torna a verdadeira dimensão da identidade corporativa. No entanto, esse raciocínio deve ser fundamentado e os aspectos mais significativos devem se tornar a medição e monitoramento do consenso. A pesquisa de mercado tradicional só pode oferecer um corte transversal, um instantâneo que daria uma visão muito esporádica e parcial da realidade. Você tem que mudar para modelos de medição mais holísticos e dinâmicos que usam big data em várias mídias e mídias sociais. O pressuposto dessas análises deve ser continuidade e profundidade: uma espécie de termômetro e ecossonda que detecta o consenso da empresa. A medida do consenso bom e estável se transforma em maior confiança e credibilidade que podem ser utilizados para diversos fins, não só empresariais, mas também pró-sociais e pró-culturais.
“Descubra quem você é e não tenha medo de ser.” Gandhi
Muito bem sucedida!
