O pedido é do Governador da Lombardia, o adepto da Liga do Norte Attilio Fontana, depois de ter ouvido os autarcas das capitais regionais: apertar ainda mais as directivas do governo e fechar praticamente tudo, desde escritórios a lojas, a meios de transporte (reduzindo a frequência ao mínimo) e deixando apenas serviços essenciais abertos, ou seja, alimentação e farmácias. “É hora de firmeza – escreveu Fontana no Facebook. Encontrei os prefeitos das capitais lombardas e o presidente da Anci Lombardia, todos eles pedem a mesma coisa: fechar tudo agora (exceto serviços essenciais) para reiniciar o mais rápido possível. Meias medidas, como vimos nas últimas semanas, não servem para conter esta emergência”. O primeiro-ministro Giuseppe Conte respondeu que o governo avaliará o pedido, adiando a decisão para o MDL na manhã desta quarta-feira.
“Já havíamos pedido o fechamento de todas as atividades comerciais – já havia comentado pela manhã o conselheiro regional de saúde Giulio Gallera -, porque se eu sair para trabalhar não posso parar e fazer compras. Mas talvez tenha chegado a hora de apertar ainda mais as medidas. Feche pelo menos a Lombardia inteiramente por 15 dias pode servir para reduzir ou impedir a propagação do vírus, dizem os especialistas. Porque não podemos lidar com os outros 15 ou 20 dias com um crescimento tão frenético de pessoas em salas de emergência e unidades de terapia intensiva, a Lombardia não pode lidar com eles e a Itália não pode lidar com eles”.
“Precisamos que haja uma reviravolta real, para que as pessoas parem a propagação desse contágio, precisamos que os números comecem a diminuir, para que todos fiquem mais atentos”, acrescentou Fontana, enquanto o prefeito de Milão Giuseppe Sala, após lançar inicialmente slogans e vídeos para fazer uma cidade que não deve parar por qualquer motivo, sentiu-se no dever de corrigir o remate e lançar um apelo no sentido contrário: "Fiquem em casa, digo isso especialmente a vocês jovens", disse ele em um vídeo postado nas redes sociais.
