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Conferência Cabel – “Banco Territorial, que oportunidades da crise?”, uma nova forma de fazer banca

Da conferência Cabel Holding em Florença sobre o tema "banca local, que oportunidades da crise" emergiu a perspectiva de uma nova forma de banca em que a ligação com a área local é uma força fundamental se vivida de forma selectiva e dinâmica – Discursos de Ruozi, Furore, Patalano e da alta administração da Cabel e dos bancos locais

Conferência Cabel – “Banco Territorial, que oportunidades da crise?”, uma nova forma de fazer banca

 

O sistema bancário italiano conta atualmente com mais de 700 bancos, o maior número da Europa. Os bancos locais representam um segmento importante e a Cabel, holding toscana de serviços bancários, propôs ontem em Florença uma conferência muito concorrida com representantes de bancos, instituições e profissionais do setor, na qual serão discutidas as criticidades bancárias e as possibilidades e estratégias de recuperação da crise, principalmente em relação aos bancos locais. Porque se a previsão é a dos 40 maiores bancos, só vão ficar 10, e tendo em conta que os produtos e processos todos podem ser imitados, o que fizer fará a diferença, a verdadeira alavanca do futuro será o relacionamento e relacionamento com clientes: o aspecto humano como renascimento do banco.

Quais são as receitas? Partindo do conceito de que não se avança olhando pelo retrovisor e que o futuro não se espera, mas se constrói em conjunto, as intervenções foram todas no sentido de enfatizar que diante da crise devemos apostar nas fortalezas da o banco local e recuperar a confiança das pessoas.

Porque o banco também é um sonho, pelo menos o local indicado para o concretizar: desde o crédito à habitação, ao desenvolvimento do negócio, à poupança para os filhos.

Francesco Bosio, presidente da Cabel, ao abrir a conferência, sublinhou a importância de uma cultura de relacionamento, de um banco mais próximo das pessoas para sair da crise: "Mesmo a Cabel, que está num momento de viragem como os bancos, através dos seus serviços criou um método, um processo, aplicou uma filosofia, uma nova proposta de banca.” Porque só aplicando os princípios da ética, combatendo os conflitos de interesses, estando no território cada vez com maior eficiência e qualidade, unindo-se, valorizando as relações humanas auxiliando-as com a tecnológica, poderemos obter os resultados que levarão os bancos locais a ser vencedores diante da crise. Quem só espera a crise passar não vai conseguir.

Também para os demais palestrantes, coordenados pelo diretor da FIRSTonline Franco Locatelli, a começar por Roberto Ruozi, ex-reitor da Bocconi e grande especialista bancário, que falou sobre o mercado bancário único e L. Furore fundador da empresa de análises IC Satellite, o A solução da crise passa pela reconquista da confiança das pessoas no mundo bancário. E nisso os bancos locais, que sempre se caracterizaram pela proximidade com os problemas de sua região e de seus clientes, levam vantagem nisso.

Certamente, sublinhou-se, a confiança conduz necessariamente a uma maior eficiência. Os bancos menores, como lembrou Ruozi, e os próprios bancos cooperativos de crédito, serão fundidos sem contudo distorcer suas raízes históricas. “Na luta competitiva, o plus será a forma como o banco local se posicionará nos mercados: características de relacionamento com os clientes, qualidade dos produtos e serviços, preparo do pessoal, eficiência em geral. A relação com as pessoas, típica do banco local, será o elemento vencedor, assim como a fidelização de clientes, muitas vezes também parceiros”. O futuro da poupança joga-se também através dos balcões, onde será possível obter aconselhamento, cada vez mais necessário, assistido pelos balcões complementares online.

A mensagem final lançada por Ruozi aos bancos locais presentes na conferência foi optimista, mas cautelosa, esperando conseguir gerir e organizar os recursos da melhor forma possível, porque vencer o desafio não será fácil.

Luigi Furore abordou a opção Bad Bank, uma estrutura, uma parcela de non-performing assets destacada do banco, com vida própria por razões estratégicas e processuais, em nota positiva, citando uma recuperação do tecido industrial e informando que estão chegando muitas capitais na Itália: os empréstimos ainda estão diminuindo, mas uma recuperação pode ser vislumbrada. Desde 2007, a inadimplência cresceu 2,7%, afetando todo o sistema bancário, mas salvando muitos bancos locais graças ao seu colchão de capital.

 Patalano, do estúdio de mesmo nome, falou sobre a governança de riscos, sobre as novas regulamentações de riscos e controles; para ele o grande tema é a gestão do crédito malparado e os mecanismos de intervenção. Patalano destacou ainda que a cooperação entre os bancos locais será o trunfo; os bancos locais, disse, são uma grande rede com vantagens e privilégios tanto pelo conhecimento e cultura do local como pelo relacionamento direto e conhecimento dos clientes: só assim será possível gerir a crise. A atenção ao perfil estratégico e organizacional são para ele fundamentais, até porque a complexidade da empresa bancária cresceu enormemente a ponto de exigir um novo marco regulatório, que aposte na qualidade da gestão e organização. A novidade introduzida pela mesma cultura da Supervisão do Banco da Itália não é mais a fuga do risco, mas a gestão do risco.

Daniele Corsini e Fabio Giuliani, respectivamente diretores executivos da Cabel Holding e da Cabel Industry, exploraram o papel da tecnologia nos bancos, a questão do multicanal e a segurança do atendimento, lembrando que o mercado bancário local é muito importante também para uma reinserção financeira política.

A maquinaria operativa do banco local deve ser suportada e melhorada para acomodar também novos objetivos de negócio, com serviços terceirizados também através de novas figuras profissionais, para antecipar as necessidades do banco, com a oferta múltipla e integrada de serviços para alcançar eficiência no custo gestão e de uma forma geral elevada produtividade, fator essencial de sobrevivência e desenvolvimento: desde a segurança dos sistemas à renovação do parque aplicacional, aos novos cenários de arquitetura de TI ao serviço do negócio, até à desmaterialização.

A mesa redonda contou com as intervenções de R. Calzini, B. Chiecchio, respectivamente gerente geral do Banca Popolare di Cortona e do Banca AGCI, e V. Formisano, vice-presidente do Banca Popolare del Cassinate, além de professor universitário em Cassino, que compartilharam, cada um trazendo o seu caso, a diversidade inteligente no panorama bancário dos bancos locais, ou sobretudo o comportamento responsável: testemunhos que lançaram sinais positivos para uma nova forma de fazer banca, onde a pessoa e o outsourcing se tornam força complementar e motor da banco local além da crise.

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